quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rodolfo Valentino - 1895/1926


Rodolfo Alfonso Raffaello Piero Filiberto Guglielmi seria um ilustre desconhecido, e sua morte só traria sofrimento aos seus parentes mais próximos. Mas havia um projetor, uma tela, e milhões de pessoas ansiosas por mais um filme seu...E quando ele morreu, com apenas 31 anos, conta-se que muitas mulheres cometeram suicídio...

Nascido a 6 de maio de 1895, em Castelanetta (Itália), Rodolfo logo iria procurar algo mais para sua vida...Assim, em 1913, chegava aos Estados Unidos, com 18 anos e o desejo de "fazer a América", como se dizia então.

Primeiramente, Rodolfo morou em New York, onde trabalhou em muitos lugares, e chegou a dar aulas de dança. Foi quando conheceu Blanca de Saulles...



Blanca Elena Errázuriz Vergara (1894/1940) era chilena e se casou jovem (17 anos) com o empresário estadunidense ">John Gerald Longer de Saulles (1878/1917). O casal tinha um filho, John Longer de Saulles, nascido em 1912.
Blanca logo se "cansou" do marido, e pediu divórcio alegando que ele tinha uma amante. Rodolfo serviu de testemunha no processo. Em 1916, o casal se separou, e John fez com que Rodolfo fosse preso, por pouco tempo.
Em 1917, impedida de ver o filho, Blanca matou o ex-marido, com 5 tiros. Rodolfo, não querendo "se meter" na confusão, fugiu para a Costa Oeste, onde se tornaria ator de filmes...


Entre 1914 e 1920, Rodolfo fez "filmes menores", alguns onde nem foi creditado seu nome, e outros onde ele foi chamado de Rudolpho De Valentina, Rodolfo di Valentini, Rudolpho De Valintine e Volantino Rudolph.
Mas, nesses "filmes menores" é que ele começou a criar a imagem de "latin lover" e "sex symbol" (ele foi o primeiro): The Battle of the Sexes (1914), The Foolish Virgin (1916), The Married Virgin (1918), The Delicious Little Devil e Virtuous Sinners (1919) e Passion's Playground (1920), entre outros.

Foi em 1919 que Rodolfo Valentino se casou pela primeira vez, com a também atriz Jean Acker (1893/1978). Mas esse casamento nunca se consumou, e terminou em 1923. Na foto abaixo, a atriz Jean Acker:



A "virada" começou em 1921, quando ele fez The Four Horsemen of the Apocalypse (Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse), baseado no original de Vicente Blasco Ibáñez (1867/1928).

Nesse filme, Valentino atuou com Wallace Beery (1885/1949), e conseguiu chegar ao estrelato: o filme rendeu mais de um milhão de dólares, tornando-se a sexta maior bilheteria da história dos filmes mudos, e rendeu mais que O Garoto, de Charlie Chaplin, que estreou no mesmo ano. O tango e as calças largas, como a que Valentino usa na foto ao lado, viraram moda.



Valentino ainda fez outros filmes de sucesso, nesse ano: Uncharted Seas, The Conquering Power, The Sheik e Camille (com Alla Nazimova, na foto abaixo).



Foi no filme Uncharted Seas que Valentino conheceu sua segunda esposa, Natacha Rambova (Winifred Shaughnessy, 1897/1966). Abaixo, o casal Valentino e Natacha:



E Rodolfo Valentino continuou fazendo filmes de sucesso: Beyond the Rocks, Blood and Sand e The Young Rajah (1922), Monsieur Beaucaire (1924), Cobra e The Eagle (1925), The Son of the Sheik (1926)...

Nesses filmes, ele trabalhou com estrelas da época, como Gloria Swanson (1899/1983)e Nita Naldi (1895/1961). Abaixo, Valentino e as estrelas:



Valentino considerava Sangue e Areia (Blood and Sand) um de seus melhores filmes. E foi uma das melhores bilheterias de 1922.

Em 1923, Valentino viajou a diversos lugares, fazendo o papel de garoto-propaganda dos produtos Mineralava e julgando concursos de beleza.

A barba de Valentino (abaixo), para o filme The Hooded Falcon, causou sensação. Mas os gastos com a produção do filme acabou inviabilizando-o.



O casamento com Natacha acabou em 1925, e Valentino logo se envolveu com a atriz Pola Negri (Barbara Apolónia Chałupiec, 1897/1987). Em 1926, quando morreu, Valentino estaria envolvido com ela (há rumores de que ele possa ter sido homossexual). Mais de 100 mil pessoas compareceram ao seu funeral, que foi sentido por milhões de fãs, no mundo todo. Pola Negri teve um "ataque histérico", durante o funeral...



Rodolfo Valentino está enterrado no Hollywood Forever Cemetery. Mas, na memória dos fãs e na história do cinema, ele será sempre lembrado como "latin lover" e "sex symbol"...





terça-feira, 28 de dezembro de 2010

1895 - Trabalhadores Saindo da Fábrica

Em 1895, os irmãos Auguste e Louis Lumière entrariam para a história, por realizarem a primeira sessão de cinema (28 de dezembro).
É importante lembrar que este não foi o primeiro "filme" a ser feito. Muitos outros foram realizados não só neste, como nos anos anteriores.
A inovação foi a de terem apresentado o filme a uma platéia, que pagou ingressos para ver o espetáculo. Assim, estava criado o cinema como forma de entretenimento.
Para lembrarmos que outros filmes foram feitos antes da primeira sessão. selecionei a Saída dos Trabalhadores da Fábrica, feito pelos irmãos franceses.

Nele, um homem aparece abrindo as portas da fábrica, e as priemiras a sair são algumas mulheres, algumas com chapéu e algumas sem, mas todas andam com pressa. Em seguida, aparece uma mulher na porta ao lado, carregando uma criança. Outras mulheres, menos apressadas, vão saindo e se dirigindo para esquerda ou direita. Depois de sair umas 20 mulheres, vemos dois homens saindo, um mais alto e outro mais baixo. Depois, da porta menor, sai um outro homem, de terno. Uma mulher puxa a saia da outra, talvez numa brincadeira entre colegas. Outra mulher puxa o que seria o avental da colega. Um homem aparece correndo, talvez brincando com um cachorro, que corre atrás dele, ao mesmo tempo em que outro vem trazendo sua bicicleta. Mais homens e mulheres saem. Outro ciclista. Mais um. Agora, saem os últimos funcionários, a maioria homens e apenas uma ou duas mulheres. Um último ciclista. O cachorro volta para a fábrica, que vai ser fechada, e o filme acaba. Como sei de tudo isso?

Simples: alguém fez a colorização do filme por computador, e sonorizou também. O resultado é um filme que pode ser melhor entendido, mais de acordo com a realidade que apresenta. Esse filme, pode ser visto no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=rbcYyH2G8Ps

Foi nesse ano que nasceram Rodolfo Valentino, Bud Abbott (da dupla Abbott e Costello) e Buster Keaton (Foto Abaixo).

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os 50 Mais do Cinema

Em 1999, o American Film Institute lançou o nome dos 50 maiores astros de Hollywood, sendo 25 homens e 25 mulheres:

I - Os 25 Maiores Atores


1) Humphrey Bogart (1899/1957)
2) Cary Grant (1904/1986)
3) James Stewart (1908/1997)
4) Marlon Brando (1924/2004)
5) Fred Astaire (1899/1987)

6) Henry Fonda (1905/1982)
7) Clark Gable (1901/1960)
8) James Cagney (1899/1986)
9) Spencer Tracy (1900/1967)
10) Charlie Chaplin (1889/1977)

11) Gary Cooper (1901/1961)
12) Gregory Peck (1916/2003)
13) John Wayne (1907/1979)
14) Laurence Olivier (1907/1989)
15) Gene Kelly (1912/1996)

16) Orson Welles (1915/1985)
17) Kirk Douglas (1916/)
18) James Dean (1931/1955)
19) Burt Lancaster (1913/1994)
20) Irmãos Marx: Chico (1887/1961), Harpo (1888/1964) e Groucho (1890/1977)

21) Buster Keaton (1895/1966)
22) Sidney Poitier (1927/)
23) Robert Mitchum (1917/1997)
24) Edward G. Robinson (1893/1973)
25) William Holden (1918/1981)

II - As 25 Maiores Atrizes


1) Katharine Hepburn (1907/2003)
2) Bette Davis (1908/1989)
3) Audrey Hepburn (1929/1993)
4) Ingrid Bergman (1915/1982)
5) Greta Garbo (1905/1990)

6) Marilyn Monroe (1926/1962)
7) Elizabeth Taylor (1932/)
8) Judy Garland (1922/1969)
9) Marlene Dietrich (1901/1922)
10) Joan Crawford (1905/1977)

11) Barbara Stanwyck (1907/1990)
12) Claudette Colbert (1903/1996)
13) Grace Kelly (1929/1982)
14) Ginger Rogers (1911/1995)
15) Mae West (1893/1980)
16) Vivien Leigh (1913/1967)
17) Lilian Gish (1893/1993)
18) Shirley Temple (1928/)
19) Rita Hayworth (1918/1987)
20) Lauren Bacall (1924/)
21) Sophia Loren (1934/)
22) Jean Harlow (1911/1937)
23) Carole Lombard (1908/1942)
24) Mary Pickford (1892/1979)
25) Ava Gardner (1922/1990)



Foto 1 - Humphrey Bogart & Ingrid Bergman em Casablanca (1942)





Foto 2 - Cary Grant & Grace Kelly em Ladrão de Casaca (1955)





Foto 3 - Fred Astaire & Ginger Rogers em O Picolino (1935)





Foto 4 - Clark Gable & Vivien Leigh em ...E O Vento Levou (1939)





Foto 5 - Henry Fonda & Barbara Stanwyck em As Três Noites de Eva (1941)



Foto 6 - Sidney Poitier, Spencer Tracy & Katharine Hepburn em Adivinhe Quem Vem Para Jantar (1967)





Foto 7 - Gregory Peck & Audrey Hepburn em A Princesa E O Plebeu (1953)





Foto 8 - James Dean & Elizabeth Taylor em Assim Caminha A Humanidade (1956)





Foto 9 - Orson Welles & Rita Hayworth em A Dama de Shanghai (1947)





Foto 10 - Marlon Brando & Sophia Loren em A Condessa de Hong Kong (1967)

domingo, 12 de dezembro de 2010

50 Grandes Nomes do Século XIX

Alguns dos grandes nomes do cinema, no início do século XX, nasceram no século anterior. Vejamos quem foram essas pessoas, que do anonimato, "saltaram" para o estrelato e a fama mundial, graças à invenção do cinema:

1) Georges Méliès (1861/1938) - foi um ilusionista francês de sucesso e um dos precursores do cinema, que usava inventivos efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos. Seu filme de maior sucesso foi Viagem À Lua (1902);

2) Auguste Marie Louis Nicolas Lumière (1862/1954) - inventor francês, um dos criadores do cinema (a primeira sessão ocorreu em 28 de dezembro de 1895);

3) Jean Louis Lumière (1864/1948) - inventor francês, irmão de Auguste, um dos criadores do cinema (a primeira sessão ocorreu em 28 de dezembro de 1895);

4) D. W. Griffith (1875/1948 - Foto 1, abaixo) - diretor de cinema estadunidense, fez Na Velha Califórnia (1910, primeiro filme rodado em Hollywood), O Nascimento de Uma Nação (1915) e Intolerância (1916);



5) Lionel Barrymore (1878/1954) - ator estadunidense, participou de filmes entre 1911 e 1953, como Uma Alma Livre e Mata Hari (ambos de 1931), Grand Hotel (1932), A Ilha do Tesouro (1934), Inimigo Público Número 1 (1935) e Jovem Dr. Kildare (1938);

6) Ethel Barrymore (1879/1959) - atriz estadunidense, irmã do também ator Lionel Barrymore. Fez vários filmes, como O Caso Paradine (1947);

7) Mack Sennett (1880/1960) - Mikall Sinnott nasceu no Canadá, mas fez sucesso nos EUA, como criador do gênero "pastelão" ("slapstick"). Charles Chaplin, Gloria Swanson, D. C. Fields e muitos outros começaram com ele;

8) W. C. Fields (1880/1946) - William Claude Dukenfield foi um ator comediante, malabarista e escritor, nascido nos EUA. Trabalhou no vaudeville (show de variedades), na Broadway e em diversos filmes, entre 1915 e 1944, como Alice no País das Maravilhas (1933), David Copperfield (1935) e Contos de Manhattan (1942);

9) Bronco Billy (1880/1971) - Henry Maxwell Aronson nasceu nos EUA e é considerado o primeiro "cowboy" do cinema, tendo realizado mais de 300 curta-metragens, escritos e dirigidos por ele mesmo, feitos entre 1903 e 1919. Seu primeiro filme de sucesso foi O Grande Assalto Ao Trem (1903);

10) Cecil B. DeMille (1881/1959) - diretor de cinema nascido nos EUA, foi um dos primeiros grandes nomes do cinema, tendo realizado inúmeros filmes épicos, entre os quais O Rei dos Reis (1927), O Sinal da Cruz (1932), Cleópatra (1934), As Cruzadas (1935), Sansão e Dalila (1949), O Maior Espetáculo da Terra (1952) e Os Dez Mandamentos (1956);

11) John Barrymore (1882/1942, Foto 2, abaixo) - ator nascido nos EUA, irmão dos também astros do cinema Lionel e Ethel Barrymore, além de avô paterno da atriz Drew Barrymore. Fez diversos filmes, entre os quais Dr. Jekyll & Mr. Hyde (1920), Sherlock Holmes (1922), Don Juan (1926), Moby Dick (1930), Grand Hotel (1932), Romeu & Julieta (1936), Maria Antonieta (1938) e A Mulher Invisível (1940);



12) Bela Lugosi (1882/1956) - Bela Ferenc Dezsö Blasko nasceu na Hungria, mas fez sucesso nos EUA. Fez sucesso com filmes de terror, como Drácula (1931), O Corvo (1935), O Filho de Frankstein (1939) e O Ladrão de Corpos (1945), entre outros;

13) Thomas H. Ince (1882/1924) - foi ator, diretor, roteirista e produtor de cinema, nascido nos EUA, e conhecido como "Pai dos Westerns". Foi parceiro de D.W. Griffith e Mack Sennett na Triangle Motion Picture Company, antes de construir seu próprio estúdio, que viria a se tornar a MGM (Metro-Goldwin Mayer). Morreu a bordo do iate do milionário William Randolph Hearst (suspeita-se que os dois disputavam a atriz Marion Davies). Dirigiu Anna Christie (1923);

14) Lon Chaney (1883/1930) - Leonidas Frank Chaney foi um ator estadunidense, famoso por filmes como A Sala Proibida e Richelieu (1914), A Marca de Caim (1916), A Casa das Bonecas (1917), A Ilha do Tesouro (1920), Oliver Twist (1922), O Corcunda de Notre Dame (1923), O Monstro e O Fantasma da Ópera (1925) e A Estrada Para Mandalay (1926), entre outros;

15) Douglas Fairbanks (1883/1939) - Elton Douglas Thomas Ullman foi um ator estadunidense,fez inúmeros filmes, como Intolerância (1916), de D.W. Griffith, A Marca do Zorro (1920), Os Três Mosqueteiros (1921), Os Três Mosqueteiros (1921) e Robin Hood (1922). Foi um dos fundadores da United Artists (1919) e foi casado com a também atriz Mary Pickford e com a modelo, atriz e socialite Sylvia Ashley. Foi pai do também ator Douglas Fairbanks Jr.;

16) Emil Jannings (1884/1950) - ator alemão, foi o primeiro a ganhar um Oscar de Melhor Ator por dois filmes (The Way of All Flesh e The Last Command), e também a primeira pessoa a apresentar o show do Oscar. Atuou, também, em Fausto (1926) e O Anjo Azul (1930);

17) Wallace Beery Fitzgerald (1885/1949) - ator estadunidense, Wallace atuou em inúmeros filmes, como O Último dos Moicanos (1920, dirigido por Maurice Tourneur), Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse (1921, com Rodolfo Valentino), Robin Hood (1922, com Douglas Fairbanks), A Dançarina Espanhola (1923, com Pola Negri), Billy The Kid (1930), The Secret Six (1931, com Jean Harlow e Clark Gable), O Campeão (1931, que lhe valeu Oscar de Melhor Ator), Grand Hotel (1932, com Greta Garbo, Joan Crawford, Lionel e John Barrymore), Viva Villa! (1934) e A Ilha do Tesouro (1934, com Lionel Barrymore), entre outros;

18) Louis B. Mayer (1885/1957) - Lazar Meir nasceu na Ucrânia, mas em 1887 foi com sua família para os EUA, onde virou Louis Burt Mayer, começando a vida fazendo biscates. Em 1915, ele já tinha dinheiro para comprar os direitos exclusivos de O Nascimento de Uma Nação, de Griffith. Em 1918, ele criou a Louis B. Mayer Pictures Corporation. Em 1924, associou-se a Marcus Loew e Samuel Goldwyn e criaram a Metro-Goldwyn-Mayer, que se tornou um dos estúdios mais poderosos de Hollywood;

19) Al Jolson (1886/1950) - Asa Yoelson nasceu na Lituânia, mudando-se para os EUA em 1891. Tornou-se cantor, comediante e ator. Acabou sendo o protagonista do primeiro filme "falado" do cinema, O Cantor de Jazz (1927);

20) Leonard "Chico" Marx (1887/1961, Foto 3, abaixo) - era o mais velho dos famosos Irmãos Marx, e sempre "fingia" ser italiano, apesar de ter nascido nos EUA. Além disso, usava um chapéu de tirolês e tocava piano muito bem. No filme Uma Noite na Ópera (1935), isso é bem visível. O filme Uma Noite em Casablanca (1946) foi realizado pelos Irmãos Marx para ajudá-lo, pois ele havia declarado falência;

21) Adolph Arthur "Harpo" Marx (1888/1964, Foto 3, abaixo) - era o segundo dos Irmãos Marx, e usava uma peruca encaracolada e nunca falava (tocava uma corneta para se comunicar). Sua primeira aparição foi em Loucuras de Risco (1921). No filme Muitos Beijos Também (1925), ele "falou" pela única vez. A frase era "Você não pode mover-se?". E em At The Circus (1939), ele espirra de uma forma como se falasse. Em Monkey Business (1931) e em Uma Noite em Casablanca (1946), ele emite sons e "canta" com os irmãos;



22) Friedrich Wilhelm "F.W." Murnau (1888/1931) - diretor de cinema alemão, figura destacada do Expressionismo, Friedrich Wilhelm Plumpe dirigiu vários filmes, entre os quais Satanas (1919), O Castelo Assombrado (1921), Nosferatu, Uma Sinfonia de Horror (1922) e Tabu (1931);

23) Victor Fleming (1889/1949) - Diretor de cinema, nascido nos EUA. Dirigiu Segredos das Trevas (1923), Mãos Vazias (1924), Renegados (1930), A Ilha do Tesouro (1934, com Lionel Barrymore e Wallace Beery), O Mágico de Oz (1939, co-Diretor), ...E O Vento Levou (1939, com Clark Gable e Vivien Leigh) e Joana d'Arc (1948, com Ingrid Bergman);

24) Charlie Chaplin (1889/1977) - ator inglês, mais conhecido como Carlitos, fez inúmeros filmes, entre os quais O Garoto (1921), Luzes da Cidade (1931), Tempos Modernos (1936) e O Grande Ditador (1940), entre outros;

25) Stan Laurel (1890/1965) - ator inglês de comédia, famoso pela dupla O Gordo & O Magro, que fez com Oliver Hardy (106 curta-metragens);

26) Julius Henry "Groucho" Marx (1890/1977, Foto 3, acima) - era o terceiro dos Irmãos Marx, reconhecido por sempre fumar charuto, e ter bigodes e sobrancelhas bem expessos. Além dos filmes com os irmãos, fez outros, como Copacabana (1947, com Carmen Miranda);

27) Oliver Hardy (1892/1957) - ator inglês de comédia, famoso pela dupla O Gordo & O Magro, que fez com Stan Laurel (106 curta-metragens);

28) Mary Pickford (1892/1979, Foto 4, abaixo) - Gladys Louise Smith nasceu no Canadá, e acabou se tornando uma das mais famosas atrizes dos EUA, sendo chamada de "namoradinha da América". O American Film Institute colocou-a entre as 25 maiores atrizes de todos os tempos. Foi casada com os atores Douglas Fairbanks e Charles Rogers, mas não teve filhos. Também foi uma das fundadoras da United Artists, em 1919;



29) Jacob Warner (1892/1978) - Executivo, nascido no Canadá, Presidente da Warner Bros Estudios, em Hollywood;

30) Harold Lloyd (1893/1971) - juntamente com Charles Chaplin e Buster Keaton, foi um dos maiores comediantes do cinema mudo. As cenas deles pendurado num relógio, no filme Safety Last! (1923) são das mais conhecidas do cinema. Sua filmografia é enorme, e vai de 1913 (The Old Monk's Tale) até 1947 ( The Sin of Harold Diddlebock);

31) Norma Talmadge (1893/1957) - atriz e produtora de filmes mudos, muito famosa nos anos 20;

32) Mae West (1893/1980) - foi uma atriz, dramaturga , roteirista e símbolo sexual estadunidense, famosa por suas frases de duplo sentido;

33) Lilian Gish (1893/1993) - atriz estadunidense, famosa por filmes do cinema mudo, como Duas Filhas de Eva (1912), Judith de Betulia (1914), O Nascimento de Uma Nação (1915), Intolerância (1916), As Baleias de Agosto (1987) e muitos outros;

34) Jean Renoir (1894/1979) - cineasta , roteirista, ator, produtor e autor francês, filho do pintor Pierre-Auguste Renoir (1841/1919). Seus principais filmes foram Nana (1926), A Grande Ilusão (1937, com Jean Gabin), Elena e Seus Homens (1956, com Mel Ferrer e Ingrid Bergman), e muitos outros;

35) Pola Negri (1897/1987) - Barbara Apolónia Chałupiec nasceu na Polônia, mas fez sucesso no cinema mudo norte-americano, entre os anos 10 e 30;

36) John Ford (1894/1973) - Sean Aloysius O'Fearna ou John Martin Feeney foi um Diretor de Cinema, e dirigiu alguns dos grandes êxitos do cinema: Os Três Cavaleiros (1918), Três Homens Maus (1926), O Homem Que Nunca Pecou (1935), Mary Stuart, Rainha da Escócia (1936), No Tempo das Diligências e A Mocidade de Lincoln (1939), As Vinhas da Ira (1940), Como Era Verde O Meu Vale (1941), Fort Apache (1948), Rio Grande (1950), Mogambo (1953), e muitos outros;

37) Rodolfo Valentino (1895/1926, Foto 5, abaixo) - Rodolfo Alfonso Raffaello Piero Filiberto Guglielmi foi um ator italiano que fez sucesso nos EUA (imigrou em 1913). Tornou-se uma lenda e morreu jovem, aos 31 anos, de uma úlcera. Seu enterro atraiu milhares de pessoas. Fez, entre outros, Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, A Dama das Camélias e O Sheik (1921), Sangue e Areia (1922) e O Filho do Sheik (1926).




38) Buster Keaton (1895/1966) - Joseph Frank Keaton Jr. se criou no vaudeville (misto de teatro e circo) e começou a fazer seus curtas na década de 20. Sua marca registrada era nunca mudar a expressão fisionômica, o que lhe valeu os apelidos de "cara de pedra" e "o homem que nunca ri". Sua especialidade foram os "filmes pastelão";

39) Howard Hawks (1896/1977) - foi um cineasta, realizador, produtor e escritor da era clássica do cinema de Hollywood. Seus filmes mais conhecidos foram Scarface (1932), Levada da Breca (1938), Sargento York (1941), O Proscrito (1943), Rio Vermelho (1948), Os Homens Preferem As Loiras (1953, com Marilyn Monroe), Rio Bravo (1959), El Dorado (1966), entre outros;

40) Marion Davies (1897/1961) - Marion Cecilia Dourvas nasceu no Brooklyn, em New York. Era uma mulher bonita, mas sem talento para ser atriz. Por isso, é mais lembrada por seus romances, sendo que o mais famoso foi com o magnata dos meios de comunicação William Randolph Hearst (1863/1951). Depois de Hearst, ela teve um caso com Charlie Chaplin. Foi nessa época que aconteceu o assassinato de outro magnata, Thomas Ince, no iate de Hearst. Outro cineasta, Orson Welles (1915/1985), teria se inspirado em Hearst e Davies, para fazer o clássico Cidadão Kane (1941);

41) Frank Capra (1897/1991) - Francesco Rosario Capra nasceu na Sicília, Itália. Em 1903, ele e sua família migraram para os EUA, onde ele se tornaria um cineasta famoso. Seus principais filmes foram: Loira e Sedutora (1931), Mulher Proibida (1932), Aconteceu Naquela Noite (1934, com Clarke Gable e Claudette Colbert), O Galante Mr. Deeds (1936, com Gary Cooper), Do Mundo Nada Se Leva (1938, com Lionel Barrymore e James Stewart), A Felicidade Não Se Compra (1946, com James Stewart e Lionel Barrymore), Órfãos da Tempestade (1951), com Bing Crosby e Louis Armstrong), entre outros;

42) Sergei Eisenstein (1898/1948) - Serguei Mikhailovitch Eisenstein foi um dos maiores (se não o maior) dos cineastas russos, sendo que sua obra-prima é O Encouraçado Potemkin (1925);

43) Dorothy Gish (1898/1968) - irmã mais nova da também atriz Lilian Gish, Dorothy se especializou em comédia (Lilian se especializou em dramas). Sua filmografia é pouco extensa, e nela se destacam filmes como Corações do Mundo (1918) e Madame Pompadour (1927);

44) Gloria Swanson (1899/1983) - Gloria Josephine May Swanson fez muito sucesso no tempo do cinema-mudo, com filmes como O Código Secreto (1918), Sua Gaiola Dourada (1922), Hollywood e Zazá (1923). Mas depois, sua carreira foi entrando em decadência. Sua volta triunfal foi em 1950, com o filme Crepúsculo dos Deuses, onde ela contracenava com William Holden e era dirigida por Billy Wilder. Seu papel era justamente o de uma atriz decadente;



45) Fred Astaire (1899/1987) - nascido Frederick Austerlitz, Fred Astaire foi o maior dançarino da história do cinema, e revolucionou os musicais, criando cenas inusitadas, que eram filmadas na íntegra. Seus filmes mais conhecidos foram Dancing Lady (1933, com Joan Crawford e Clark Gable), Voando Para o Rio (1933, com Ginger Rogers), A Alegre Divorciada (1934, com Ginger Rogers), O Picolino (1935, com Ginger Rogers), Ao Compasso do Amor (1941, com Rita Hayworth), Bonita Como Nunca (1942, com Rita Hayworth), Ziegfelld Follies (1945, com Gene Kelly e Judy Garland), A Roda da Fortuna (1953, com Cyd Charisse), e muitos outros;

46) George Cukor (1899/1983) - George Dewey Cukor foi um diretor de cinema estadunidense. Ele se concentrou principalmente em comédias e adaptações literárias. Sua carreira floresceu na RKO e, posteriormente, na MGM , onde ele dirigiu Vítimas do Divórcio (1932), Jantar Às Oito (1933), As Quatro Irmãs (1933), David Copperfield (1935), Romeu e Julieta (1936), Núpcias de Escândalo (1940), Nascida Ontem (1950), Nasce uma Estrela (1954), e muitos outros;

47) Alfred Hitchcock (1899/1980) - cineasta nascido em Londres, Inglaterra, que fez sucesso nos EUA. Ficou conhecido como "Rei do Suspense". Seus filmes: O Homem Que Sabia Demais (1934), Os 39 Degraus (1935), Quando Fala O Coração (1945, com Gregory Peck e Ingrid Bergman), Festim Diabólico (1948, com James Stewart), Disque M Para Matar (1954, com Grace Kelly), Janela Indiscreta (1954, com James Stewart e Grace Kelly), Ladrão de Casaca (1955, com Cary Grant e Grace Kelly), Um Corpo Que Cai (1958, com Kim Novak e James Stewart), Psicose (1960) e Os Pássaros (1963), entre outros;

48) Humphrey Bogart (1899/1957) - Humphrey DeForest Bogart foi um ator de cinema e teatro dos Estados Unidos, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema estadunidense de todos os tempos. Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey (preferia ser chamado de Bogie), é considerado um dos grandes mitos do cinema e ganhou o Oscar de Melhor Ator de 1951 por seu papel em Uma Aventura na África. Morreu em 1957 vítima de câncer. Dentre seus filmes de maior sucesso estão Relíquia Macabra (1941), O Tesouro de Sierra Madre (1948) e Casablanca (1942).

49) Luis Buñuel (1900/1983) - Luis Buñuel Portolés nasceu na Espanha e morreu no México. Foi Diretor de Cinema, e sua obra-prima é o filme O Cão Andaluz (1928), uma crítica a Garcia Lorca, homossexual assumido, que vivia com Salvador Dali. Também fez O Anjo Exterminador (1962), A Bela da Tarde (1967) e O Discreto Charme da Burguesia (1972);

50) Spencer Tracy (1900/1967) - Spencer Bonaventure Tracy foi um dos grandes atores de Hollywood, sendo indicado nove vezes ao Oscar: por Cidade do Pecado(1936), Marujo Intrépido(1937), Com os Braços Abertos(1938), O Pai da Noiva(1950), A Conspiração do Silêncio(1955), O Velho e o Mar(1958), O Vento Será Tua Herança(1960), Julgamento em Nuremberg(1961) e Adivinhe Quem Vem Para Jantar(1967).

sábado, 11 de dezembro de 2010

CHAPLIN (Cont.) - Orlando F. Fassoni

Foi em 1914, com 25 anos de idade, que Chaplin estreou em Los Angeles, num pequeno filme intitulado Carlitos Repórter. Até chegar lá e iniciar sua caminhada rumo à legenda, comeu o pão que o diabo amassou. Nascido às 8 horas da noite de 16 de abril de 1889 em East Lane, Walworth, Londres, o menino Charles Spencer Chaplin tinha uma mãe, Hannah Hill, e o pai, "um homem calado, taciturno, parecido com Napoleão", viciados em álcool. Não conheceu o pai, viu-o apenas algumas ocasiões, nos bares. Era um ator que tinha abandonado a família. Chaplin viveu a infância miserável dos deserdados da sorte e, quando a mãe perdeu as condições de mantê-los - ele e o filho mais velho, Sidney -, os três são obrigados a viver à custa do asilo de pobres de Lambeth.
Mas aos 5 anos de idade ele já havia entrado num palco. Foi numa noite em que ela, representando, perdeu a voz. O público ria, zombava. E o pequeno Charles, ali escondido, assistia ao vexame com os olhos em lágrimas, sem compreender o que se passava. A platéia ameaçava arrebentar o teatro quando alguém o puxou pela mão e meteu-o no palco para substituir a mulher, retirada dali às pressas. Ajeitou-se e cantou Jack Jones quando, no meio cançonete, desabou uma chuva de moedas sobre ele. Dançou, sentiu-se à vontade, fez mímicas. "Essa noite - lembra em sua autobiografia - marcou a minha primeira aparição em cena e a última da mamãe."
Chaplin não descobrira, então, que nascia ali, também, a sua espontaneidade, depois levada aos extremos. A situação de extrema miséria faz dele um entregador em mercearia, depois recepcionista de consultório médico, garoto de recados, empregado de papelaria, soprador de vidros, tipógrafo, vendedor de trapos no mercado londrino etc. Já era um pobre e indefeso menino que passava o dia vagabundeando, catando migalhas, fugindo dos credores da mãe, hospitalizada. De quando em quando aparecia numa agência teatral de Blackmore e um dia deu sorte: queriam-no para representar Billie numa peça chamada Jim, O Romance de Um Cookney. Duas libras e dez xelins por semana. "Já não era mais um vagabundo dos bairros miseráveis: agora era um personagem de teatro e tinha vontade de chorar."
Aos 17 anos foi ator juvenil, mais tarde ganhou um papel em comédia pastelão da companhia de Fred Karno. Em 1909, aos 20 anos, viajou com o grupo a Paris. Voltou à Inglaterra, teve alguns êxitos e fracassos com Karno. E, um dia, encontrou a chave: ir morar e trabalhar nos Estados Unidos. Era tudo ou nada, agarrar ou largar, sair-se bem como cômico ou lavar pratos a vida toda. Aí tudo começou.
Na estréia do espetáculo de Fred Karno nos EUA, os críticos notaram "ao menos um inglês engraçado". Ele, Chaplin. Já guardava dinheiro, o que fez durante toda a vida. Retornou a Londres e, de volta à América, foi contratado pela Keystone, por Mack Sennett, a 150 dólares semanais, contrato de um ano e direito a 25 dólares semanais de aumento depois dos primeiros três meses.
E então, no pequeno filme intitulado Carlitos Repórter, ele aparecia pela primeira vez de fraque, chapéu alto, bigode de pontas viradas para cima, a verdadeira antítese da humildade, um tipo meio vilanesco, mau-caráter metido a besta a quem queriam dar o nome de Edgar English. Não gostava dos trajes que usava no filme. E num estalo, a caminho do guarda-roupa, caracterizou-se, embora de forma embrionária, com as calças largas, estilo balão, os sapatos enormes, o casaquinho justo no corpo, o chapéu-coco e a bengalinha, roupas que, misturadas a outro elemento que adicionou para parecer mais idoso do que era - o pequeno bigode -, já davam forma ao maior palhaço de todos os tempos: Carlitos.
E sua psicologia? O tipo, conta Chaplin, tinha muitas facetas: vagabundo, cavalheiro, poeta, sonhador, solitário, romântico, aventureiro, capaz de passar por cientista, músico, nobre, esportista e milionário com a mesma facilidade com que podia catar pontas de cigarros, roubar pirulitos de criancinhas ou dar pontapés nos traseiros das damas, no auge da raiva. "Meu tipo era diferente e não se aproximava de qualquer outro que os norte-americanos conheciam."
Em 1914 Chaplin faz vários filmes para Sennett. Ia desenvolvendo o tipo nas pequenas comédias dirigidas por Henry Lehrman, ora pelo próprio Sennett ou pela atriz preferida da companhia, Mabel Normand. Fez Corridas de Automóveis para Meninos, Carlitos Garção, Carlitos e Os Guarda-Chuvas, Dia de Estréia, Carlitos Dançarino, Carlitos Entre O Bar e O Amor, Carlitos e A Patroa, Carlitos Banca O Tirano e Vinte Minutos de Amor.
A variação do seu tipo era constante, mas o próprio Chaplin afirma que Carlitos não nasceu num estalo. Foi o produto de um processo, um tipo que imitava os componentes de um outro grande humorista da época, Max Linder.
Georges Sadoul, o historiador, afirma que, em sua origem, Carlitos é "um Max na pindaíba que tenta comicamente conservar a dignidade. Mas Chaplin era o vagabundo com alma de aristocrata; Linder, o aristocrata com alma de vagabundo". As diferenças entre um e outro são que Linder, janota, sedutor, andar de pato e indefectível cartola, simbolizava a belle époque, que morria aos poucos; e Charlot nascia exatamente no período da I Guerra, quando o sorriso e a galanteria eram violentamente rompidos pela desilusão, a morte, o massacre e a miséria.
Então Max Linder, a representação humorística do prazer, conforto, fineza e cavalheirismo, dava seu lugar a um sucessor que se faria mais notável como figura humana: o vagabundo Carlitos, nascido dos destroços da guerra. (Continua)




Vídeo: Carlitos Repórter (1914)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Douglas Fairbancks & Mary Pickford



Douglas Fairbancks nasceu em 1883 e seu nome era Elton Douglas Thomas Ullman. Desde cedo, dedicou-se ao teatro. Em 1900 foi morar em New York e estreou na Broadway em 1902.
Em 1907, casou-se com Anna Beth Sully, filha de um rico industrial. Tiveram um filho: Douglas Fairbanks Elton (1909/2000), que também viria a ser ator. Em 1915, mudaram-se para a Califórnia.
Ainda em 1915, Douglas começou a trabalhar sob a direção de D.W. Griffith (veja os posts anteriores), estreando no filme "O Cordeiro".
Em 1916, ele fundou sua própria Companhia, a Douglas Fairbanks Film Corporation e logo foi trabalhar na Paramount. Nesse mesmo ano, ele conheceu a atriz Mary Pickford...

Mary Pickford nasceu em 1892, no Canadá. Seu nome verdadeiro era Gladys Louise Smith e desde cedo, começou a trabalhar em teatro.
Por volta de 1900, ela trabalhava com sua mãe e seus dois irmãos, todos atores. Foram anos difíceis, até que ela conseguisse um papel de destaque na Broadway, em 1907. A peça era "Os Viveiros da Virgínia". Com ela, trabalhou Cecil B. DeMille, que viria a ser um famoso diretor...
Em 1909, Mary conheceu D. W. Griffith e logo começou a fazer filmes: 51 no primeiro ano, ganhando 10 dólares por dia (a maioria dos atores ganhava 5 dólares). Em 1910, foram para Los Angeles, Califórnia, filmar em dias mais ensolarados e menos chuvosos...
Em 1911, ela foi para a IMP (Independent Movies Pictures Company) que, em 1912, foi incorporada pela Universal Pictures. Nesse mesmo ano, Mary apresentou suas amigas, as irmãs Lilian e Dorothy Gish para D. W. Griffith (elas seriam as estrelas de "O Nascimento de Uma Nação" e "Intolerância").
Ainda em 1911, Mary Pickford casou-se com o ator irlandês Owen Moore (1886/1939). Esse casamento duraria até 1920.
Depois, ela começou a fazer inúmeros filmes: "Bishop's Carriage" e "Caprice" (1913), "Hearts Adrift" e "Tess of the Storm Country"(1914). Esses dois últimos lançaram seu nome às alturas, e ela passou a ser considerada uma atriz, tendo inclusive o nome em destaque...Nessa época, Mary Pickford era a mulher mais famosa e conhecida do mundo...Foi quando ela conheceu Douglas Fairbancks...

Nessa época, o casamento dela com Owen Moore ia de mal a pior, com crises de violência e alcoolismo (dele) e um possível aborto (dela). Douglas iniciou o processo de divórcio de sua esposa em 1918 e concluiu em 1919. Mary se divorciou em 1920. Em seguida, os dois se casaram.



Em 1919, D.W. Griffith, Mary Pickford, Charles Chaplin e Douglas Fairbancks criaram a United Artists, para evitar ser controlados pelos grandes estúdios e garantir sua independência. Na foto acima, os quatro assinando os documentos dessa criação...

O "Herói de Todos" e a "Namoradinha da América" viveram felizes de 1920 a 1936. Compraram uma mansão em Beverly Hills, que ficou conhecida como Pickfair. Nesse período, ambos fizeram diversos filmes:

Douglas: "A Marca do Zorro" (1920), "Os Três Mosqueteiros" (1921), "Robin Hood" (1922), "O Ladrão de Bagdá" (1924), "O Pirata Negro" (1926, primeiro filme em Technicolor), "O Gaúcho" (1927), "A Máscara de Ferro" (1929, seu último filme mudo) e outros...

Mary: "Pollyanna" (1920), "Little Lord Fauntleroy" (1921), "Rosita" (1923), "Sparrows" (1926), "My Best Girl" (1927), "Coquette" (1929) e outros. Nesse último, ela cortou os longos cabelos e chocou os EUA com sua transformação. Ainda assim, ganhou o Oscar de Melhor Atriz.

Em 1929, ainda, o casal decidiu fazer um filme falado (muitos artistas do cinema mudo estavam perdendo seus empregos no cinema falado). O escolhido foi o clássico "A Megera Domada", de William Shakespeare. Douglas no papel de Petrucchio e Mary no papel de Catarina. Infelizmente, foi um fracasso de bilheteria...Acima, uma cena do filme, dublado em espanhol...

Em 1933, Douglas Fairbancks começou um romance com Sylvia Ashley, uma socialite estadunidense. Em 1936, os dois se separaram, e Douglas casou com Sylvia. Ela seria a terceira esposa dele e ele seria o segundo dela, que mais tarde ainda casaria mais 4 vezes, uma delas com também ator Clark Gable.

Em 1937, Mary casou-se com o ator e músico Charles Rogers, com quem viveria até a sua morte.

Douglas Fairbancks morreu em 1939, de um ataque cardíaco fulminante, e Mary Pickford morreu de um derrame, em 1979...

sábado, 4 de dezembro de 2010

D. W. Griffith

David Llewelyn Wark Griffith nasceu em 1875, no Kentucky (EUA). Seu pai foi coronel do Exército Confederado, na Guerra Civil Americana (1861/1865). Para entendermos melhor a influência dessa situação na vida de Griffith, vamos entender que:

No século XVII, começou a colonização dos Estados Unidos da América. Desde o início, o território foi dividido em colônias. Mas essas colônias não eram todas iguais: as do norte se desenvolveram rapidamente, tendo agricultura, comércio, indústrias, etc. E os trabalhadores dessas colônias eram homens livres e suas famílias (colônias de povoamento). Já as colônias do sul desenvolveram principalmente plantações de algodão, e o trabalho era, em sua maioria, escravo (colônias de exploração). Mesmo com a Independência dos EUA, em 1776, a situação não mudou. Foi o Presidente Abraham Lincoln (1809/1865), que decidiu acabar com a escravidão, estopim da guerra que mais estadunidenses matou (mais de 600 mil). Um deles foi o próprio Presidente...Os Confederados eram os que queriam manter a escravidão...

Como dizíamos, Griffith era filho de um coronel Confederado. Isso equivale a dizer que o pai dele defendia a escravidão e, provavelmente, era racista...E morreu em 1882, quando Griffith ainda tinha 7 anos.
Desde cedo, ele teve que ajudar no sustento da casa, tendo trabalhado numa loja de secos e molhados e em uma livraria. Depois, começou a escrever peças de teatro...
Em 1907, já em New Yok, Griffith trabalhou no filme "Rescued from an Eagle's Nest" e em 1908 começou a trabalhar na Biograph (Estúdio de Cinema). A Biograph foi a primeira a fazer um filme em Hollywood: "In Old California" (1910).
Griffith fez seu primeiro longa-metragem em 1914: "Judith de Betúlia", com Lilian e Dorothy Gish, além de Lionel Barrymore.
No ano seguinte, Griffith faria o filme mais famoso de sua carreira: "O Nascimento de Uma Nação", com John Ford e Lilian Gish.

Griffith mostrou, neste filme, o desenrolar da Guerra Civil Americana, e os acontecimentos posteriores. Mas foi duramente criticado, por mostrar a Ku Klux Klan como "heróis" e os negros como "vilões".

Em muitos lugares, "O Nascimento de Uma Nação" fez sucesso. Mas em outros, foi vaiado e gerou protestos. Assim, em 1916, Griffith dirigiu "Intolerância", como uma resposta aos que criticaram o filme anterior. Mas esse filme foi um fracasso de bilheterias...

Em 1919, Griffith se uniu a Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbancks para criar a United Artists.
Depois, ainda fez "Órfãos da Tempestade" (1921), "America" (1924), "Abraham Lincoln" (1930) e mais alguns, até encerrar sua carreira. D.W. Griffith faleceu em 1948.

Vídeo: cenas do filme "O Nascimento de Uma Nação" (1915)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gamines X Vamps



Na época do cinema mudo, as atrizes geralmente se dividiam em "gamines" e "vamps".

"Gamine" (em francês) ou "Waif" (em inglês) eram as atrizes que aparentavam inocência, ingenuidade, que precisavam ser "protegidas" pelos mocinhos, para que os "vilões" não lhes fizessem mal...Entre as "gamine" mais famosas estavam Mary Pickford (1892/1979, na foto), Lilian Gish (1893/1993), Louise Brooks (1906/1986) e Paulette Goddard (1910/1990).

As "vamps" muitas vezes eram estrangeiras, tendo origem no Leste Europeu ou na Ásia. Eram mais ou menos o contraponto sexual de papéis como os das atrizes "gamines". Entre vamps famosas do cinema mudo, houve Theda Bara (1885/1955), Louise Glaum (1888/1970), Musidora (1889/1957), Nita Naldi (1895/1961) e Pola Negri (1894/1987, na foto), entre outras.

Whitley - O "Pai de Hollywood"




Hobart Johnstone Whitley
nasceu em 1847 na cidade de Toronto, no Canadá, mas na década de 1870 naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos da América, mudando-se para Chicago, onde abriu uma loja de ferragens e doces (?).
Em 1886 casou-se pela segunda vez, com Margaret Whitley Virginia, quando se envolveu com a construção de estradas de ferro para o oeste. Depois, se tornou primeiro governador de Oklahoma. Nesse tempo, ele foi responsável pela fundação de mais de 140 cidades...
Depois, ele chegou ao sul da Califórnia e comprou terras num lugar que batizou de Hollywood. A escritura das terras é de 1887.
Em 1902, Whitley inaugurou o Hollywood Hotel, o primeiro grande hotel da região...Em 1903, Hollywood foi transformada em município. Nessa época, já tinha iluminação elétrica, algumas ruas pavimentadas e até um banco, inaugurado pelo "pai de Hollywood".
Foi nessa época que a indústria cinematográfica começou a se fixar no local. O primeiro diretor a filmar ali foi D. W. Griffith. Mas essa é outra história...
Whitley faleceu em 1931...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Gordo & O Magro

O primeiro a nascer foi Stan Laurel, ou Arthur Stanley Jefferson, em 1890. Depois nasceu Oliver Hardy, em 1892.
Stan Laurel nasceu na Inglaterra, e era mais conhecido como "Magro", enquanto que Oliver Hardy nasceu nos EUA, e ficou mais conhecido como "Gordo".
Em 1910, com 20 anos, Stan Laurel veio para os EUA, com a Companhia de Fred Karno. Desse grupo, também participou o jovem Charles Chaplin.
Stan Laurel e Oliver Hardy só começaram a atuar juntos a partir de 1927. Em 1929, começaram a fazer filmes sonoros e em 1930, o primeiro colorido. Depois, fizeram muitos filmes juntos.
Oliver Hardy faleceu em 1957 e Stan Laurel faleceu em 1965. Juntos, fizeram 106 curta-metragens, 10 longa-metragens com papéis principais e 4 longas com rápidas aparições...Foram dois "reis da comédia pastelão"...



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CHAPLIN - Orlando F. Fassoni

Charles Spencer Chaplin morreu dormindo aos oitenta e oito anos de idade, sessenta e três deles dedicados a saudar, com o riso, as gerações de todo o mundo que não esquecerão Carlitos. Um símbolo inesquecível do homem espezinhado pelo destino, do fraco, do desajeitado e do desprevenido, do deserdado e do homem puro tentando sobreviver num mundo hostil e doente de sentimentos. Enquanto viveu, soube ser grande, levou aos confins a sua ternura pelos oprimidos, pequeno e ridículo palhaço de olhos melancólicos, andar desengonçado, irreverente vagabundo cheio de ilusões, miserável, impotente, simplório e primitivo homenzinho mergulhado no cotidiano. Niilistas, inquietos, cristãos, rebeldes e anarquistas o chamaram para seu lado, porque viram nele a defesa mais pura dos inocentes contra os abusos dos intolerantes e os preconceitos dos poderosos. Deus queria um presente no dia do Natal. E levou Chaplin pra morar com Ele.
A morte de Chaplin não significou a morte da comédia cinematográfica. A comédia, no seu melhor estilo, já estava agonizante desde que Carlitos saiu de cena, em 1940, depois de O Grande Ditador. Não morria o humor, morria porém toda a sua essência, o Carlitos, notável vagabundo desajeitado e triste que durante anos seguidos representou, com seus admiráveis gestos, sua mímica e seu humanismo, a alma do riso e da alegria. O homenzinho pequeno e fraco que percorreu as estradas de pó transmitindo esperanças, que defendeu crianças e cães, que transformou seus pontapés numa espécie de justiça não-oficial dos oprimidos contra os opressores, herói e anti-herói de um mundo em danação que precisava de um símbolo como ele, botinas velhas, bengala barata, bigodinho curto metido num rosto que podia, num segundo, metamorfosear toda a sua angústia num espantoso sorriso de satisfação para oferecer ao menos um leve sopro de otimismo e confortar os que choravam.
Depois de ver algumas vezes seguidas a sátira em que Chaplin, através de seu clown, ridicularizava as pretensões dominadoras de Hitler em O Grande Ditador, um crítico norte-americano profetizava a morte da comédia dizendo que quando Charles Spencer Chaplin morresse o cinema dificilmente encontraria alguém para substituí-lo. Acertou. A ausência de Chaplin deixa o humor cinematográfico praticamente órfão de pai. E quem tem acompanhado o desenvolvimento da comédia sabe que é impossível ao cinema encontrar quem reprise o homenzinho que nos seus 25 anos de vida simbolizou a máxima expressão da ternura e do grotesco, que foi uma espécie de consciência da primeira metade do nosso século, figura humana e poética que jamais deixou de acompanhar todos os grandes movimentos e transformações políticas e sociais de seu tempo, aderindo a elas como seu crítico mais implacável. Com Carlitos morreu, também, uma parte de todos nós.
Chaplin fez seu último filme em 1967: A Condessa de Hong Kong. Já não era nem o mesmo diretor e menos ainda o acrobático Carlitos de calças surradas, gestos rápidos e passos largos fugindo de policiais, driblando credores, protegendo cegos e mocinhas. Vivia na sua paz doméstica com Oona, a filha de Eugene O'Neil que fez questão de cumprir todos os seus pedidos. O principal deles: um enterro simples no cemitério de Vevey, perto de onde morava desde o começo dos anos 50, quando decidiu ir viver em paz na Suiça, sem possibilidades de voltar aos Estados Unidos porque fora acusado de simpatizante com o comunismo, ou à Inglaterra, onde tinha problemas com o fisco.
Aos 88 anos de idade, não tinha mais o que fazer. Recebia visitas de quando em quando, ia assistir aos espetáculos do circo montado na pequena cidade. Em 1972 os norte-americanos, envergonhados, reabilitaram-no. Ele foi convidado a voltar aos EUA e, embora as más recordações sejam impagáveis, concordou em receber a homenagem da Academia de Hollywood: o Oscar que o cinema negara a quem dera, talvez, a maior contribuição para o desenvolvimento da arte cinematográfica. Confissão pública de um imperdoável erro atribuído aos ortodoxos e aos radicais, o fato mereceu do New York Times um comentário sentencioso:

"Se uma nação pudesse enrubescer coletivamente, os Estados Unidos tinham uma boa razão para isso quando seu mundo oficial decidiu, duas décadas atrás, Que Charles Chaplin não podia retornar a este país antes de demonstrar seu valor moral. Felizmente os guardiães das virtudes desta terra parecem ter amadurecido suficientemente para não temer pela segurança política e moral da América quando, hoje, o criador do querido, patético e engraçado vagabundo retornar do seu exílio europeu."

Era 10 de abril de 1972 e o editorial do jornal americano emendava:

"As honras que esperam Carlitos em Hollywood pouco acrescentarão ao já firmemente estabelecido aplauso popular e julgamento crítico. Mas elas significam uma saudação, ainda que demorada, à vitória da arte e do humor sobre a rigidez burocrática."

Aos 88 anos de idade, com as forças já minadas pelo tempo, Chaplin ainda tinha planos. Pensava em três projetos, um deles The Freak, com suas filhas Josephine e Victoria nos papéis principais de uma história poética, ao seu estilo. Tinha também em mente um filme sobre um condenado à morte que descobre a beleza da vida ao escapar da prisão, bem como um terceiro, sátira social sobre as reações de uma comunidade ante um fenômeno sobrenatural. Não teve tempo de iniciar nenhum. Insistia sem necessidade. Se tivesse parado seu trabalho na metade da carreira, aí por volta dos anos 20, já teria feito o suficiente para entrar na galeria dos gênios do nosso século, tal a dimensão, a riqueza e a profundidade da obra que desenvolveu e aos elementos com que construiu Carlitos, sem dúvida o mais universal de todos quantos foram os personagens já criados na história do cinema.

(Continua)

sábado, 20 de novembro de 2010

Silent Ladies

"Silent Ladies" foram as atrizes que fizeram no tempo do cinema mudo (até a década de 20).


Silencioso? Não mesmo!
Os filmes mudos nunca foram verdadeiramente silenciosos! Eles eram sempre acompanhados por efeitos sonoros, música ao vivo, cantores ao vivo, alto-falantes, gravações fonográficas ou qualquer combinação deles.

Quando veio o som, havia três tipos de filmes na década de 1910:
1) silencioso: um filme que não tivesse uma trilha sonora que o acompanha. Os efeitos sonoros e a música foram fornecidos pelos atores e músicos ao vivo.
2) sincronização de som: a trilha sonora era fornecida por um cilindro ou gravação de som do disco.
3) photophone: um início de som nos filmes.

O diálogo do cinema mudo
Muitos filmes eram acompanhados por pessoas que estavam no palco e falavam os diálogos que estavam sendo mostrados na tela. Entre 1908 e 1912, o jogo de retrato falando era popular. Essas tropas eram constituídos por dois homens e uma mulher, que viajavam com os filmes e realizavam um diálogo ensaiado para o público.

Música do cinema mudo
Cada sala de cinema fornecia algum tipo de acompanhamento musical: vitrola, máquina de música mecânica, piano, órgão de teatro, cantor ou orquestra completa. Às vezes, os músicos ficavam livres para escolher suas próprias músicas, e às vezes o cinema vinha com partituras e as instruções de quando ele devia ser jogado.

E era nesse contexto que brilhavam as "Silent Ladies", que destacamos no vídeo:

1) Mabel Normand (1892/1930);
2) Mary Pickford (1892/1979);
3) Lilian Gish (1893/1993);
4) Dorothy Gish (1898/1968);
5) Theda Bara (1885/1955);
6) Clara Bow (1905/1965);
7) Louise Brooks (1906/1985);

O vídeo ainda podia ter citado, nessa lista, as atrizes Pola Negri (1897/1987), Gloria Swanson (1899/1983) e Lita Grey (1908/1995), entre muitas outras...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

10 Vampiros da Tela

A Revista Time sempre lança listas de "melhores e piores" (a revista Veja também faz isso, no Brasil). Aqui, reproduzo a lista dos "10 mais" entre os Vampiros do Cinema:

1) Nosferatu, no filme com mesmo nome - 1921
2) Drácula, no filme com mesmo nome - 1931
3) Eli, do filme "Let de Right One In" - 2008
4) Barnabas Collins, da série "Dark Shadows" - entre 1966 e 1971
5) Bill Compton, da série "True Blood" - começou em 2008 e está indo pra Quarta Temporada
6) Severen, do filme "Near Dark" - 1987
7) Blade, na Trilogia com mesmo nome - 1998, 2002 e 2004
8) Claudia, de "Entrevista Com o Vampiro" - 1994
9) O Conde, da Vila Sésamo - desde a década de 70
10) Zoltan, O Cão de Drácula, do filme homônimo - 1978

Vídeo: Drácula, de 1931, com Bela Lugosi

terça-feira, 16 de novembro de 2010

20 Maiores de Hollywood - Parte 2

Dando continuidade à lista dos 20 artistas de Hollywood mais "icônicos", na minha opinão:

11 – James Dean (1931/1955) - o eterno "rebelde" do cinema;
12 – Carmen Miranda (1909/1955) - a "brazilian bombshell";
13 – Sean Connery (1930/) - o melhor de todos os 007;
14 – Marilyn Monroe (1926/1962) - a mais bela "loira" do cinema;
15 – Marlon Brando (1924/2004) - o eterno "poderoso chefão";
16 – Elizabeth Taylor (1932/) - a mais famosa "Cleópatra" do cinema;
17 - Harrison Ford (1942/) - o eterno "Indiana Jones";
18 - Julia Roberts (1967/) - a sempre lembrada "pretty woman";
19 – Johnny Depp (1963/) - a versatilidade para criar tipos;
20 – Meryl Streep (1949/) - uma das "divas" da atualidade.

Esses 20 nomes evocam momentos eternos do cinema, ícones de várias gerações, cenas inesquecíveis, que ficaram e ficarão guardadas nas memórias de milhões e milhões de pessoas, em todo o mundo.

Como não lembrar de Carlitos sendo "devorado" pela máquina, numa cena de "Tempos Modernos" (1936), ou da ventilação erguendo a saia de Marilyn Monroe, em "O Pecado Mora ao Lado" (1955)? Ou ainda, ter ódio da Miranda Priestly vivida por Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada" (2006) ou não "obedecer" Greta Garbo, quando afirmou, enfaticamente, "I want to be alone" ("eu quero ficar só"), no filme "Grande Hotel" (1932)?

Foram esses artistas que deram significação ao cinema, bem como muitos outros. Pessoas como Norma Jean Baker (Marilyn Monroe), Margarita Cansino (Rita Hayworth), Frances Ethel Gumm (Judy Garland), Frederick Austerlitz e Virginia Katherine McMath (Fred Astaire e Ginger Rogers) foram alguns dos que maior contribuição deram, para que essa fosse considerada a "sétima arte"...