terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gamines X Vamps



Na época do cinema mudo, as atrizes geralmente se dividiam em "gamines" e "vamps".

"Gamine" (em francês) ou "Waif" (em inglês) eram as atrizes que aparentavam inocência, ingenuidade, que precisavam ser "protegidas" pelos mocinhos, para que os "vilões" não lhes fizessem mal...Entre as "gamine" mais famosas estavam Mary Pickford (1892/1979, na foto), Lilian Gish (1893/1993), Louise Brooks (1906/1986) e Paulette Goddard (1910/1990).

As "vamps" muitas vezes eram estrangeiras, tendo origem no Leste Europeu ou na Ásia. Eram mais ou menos o contraponto sexual de papéis como os das atrizes "gamines". Entre vamps famosas do cinema mudo, houve Theda Bara (1885/1955), Louise Glaum (1888/1970), Musidora (1889/1957), Nita Naldi (1895/1961) e Pola Negri (1894/1987, na foto), entre outras.

Whitley - O "Pai de Hollywood"




Hobart Johnstone Whitley
nasceu em 1847 na cidade de Toronto, no Canadá, mas na década de 1870 naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos da América, mudando-se para Chicago, onde abriu uma loja de ferragens e doces (?).
Em 1886 casou-se pela segunda vez, com Margaret Whitley Virginia, quando se envolveu com a construção de estradas de ferro para o oeste. Depois, se tornou primeiro governador de Oklahoma. Nesse tempo, ele foi responsável pela fundação de mais de 140 cidades...
Depois, ele chegou ao sul da Califórnia e comprou terras num lugar que batizou de Hollywood. A escritura das terras é de 1887.
Em 1902, Whitley inaugurou o Hollywood Hotel, o primeiro grande hotel da região...Em 1903, Hollywood foi transformada em município. Nessa época, já tinha iluminação elétrica, algumas ruas pavimentadas e até um banco, inaugurado pelo "pai de Hollywood".
Foi nessa época que a indústria cinematográfica começou a se fixar no local. O primeiro diretor a filmar ali foi D. W. Griffith. Mas essa é outra história...
Whitley faleceu em 1931...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Gordo & O Magro

O primeiro a nascer foi Stan Laurel, ou Arthur Stanley Jefferson, em 1890. Depois nasceu Oliver Hardy, em 1892.
Stan Laurel nasceu na Inglaterra, e era mais conhecido como "Magro", enquanto que Oliver Hardy nasceu nos EUA, e ficou mais conhecido como "Gordo".
Em 1910, com 20 anos, Stan Laurel veio para os EUA, com a Companhia de Fred Karno. Desse grupo, também participou o jovem Charles Chaplin.
Stan Laurel e Oliver Hardy só começaram a atuar juntos a partir de 1927. Em 1929, começaram a fazer filmes sonoros e em 1930, o primeiro colorido. Depois, fizeram muitos filmes juntos.
Oliver Hardy faleceu em 1957 e Stan Laurel faleceu em 1965. Juntos, fizeram 106 curta-metragens, 10 longa-metragens com papéis principais e 4 longas com rápidas aparições...Foram dois "reis da comédia pastelão"...



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CHAPLIN - Orlando F. Fassoni

Charles Spencer Chaplin morreu dormindo aos oitenta e oito anos de idade, sessenta e três deles dedicados a saudar, com o riso, as gerações de todo o mundo que não esquecerão Carlitos. Um símbolo inesquecível do homem espezinhado pelo destino, do fraco, do desajeitado e do desprevenido, do deserdado e do homem puro tentando sobreviver num mundo hostil e doente de sentimentos. Enquanto viveu, soube ser grande, levou aos confins a sua ternura pelos oprimidos, pequeno e ridículo palhaço de olhos melancólicos, andar desengonçado, irreverente vagabundo cheio de ilusões, miserável, impotente, simplório e primitivo homenzinho mergulhado no cotidiano. Niilistas, inquietos, cristãos, rebeldes e anarquistas o chamaram para seu lado, porque viram nele a defesa mais pura dos inocentes contra os abusos dos intolerantes e os preconceitos dos poderosos. Deus queria um presente no dia do Natal. E levou Chaplin pra morar com Ele.
A morte de Chaplin não significou a morte da comédia cinematográfica. A comédia, no seu melhor estilo, já estava agonizante desde que Carlitos saiu de cena, em 1940, depois de O Grande Ditador. Não morria o humor, morria porém toda a sua essência, o Carlitos, notável vagabundo desajeitado e triste que durante anos seguidos representou, com seus admiráveis gestos, sua mímica e seu humanismo, a alma do riso e da alegria. O homenzinho pequeno e fraco que percorreu as estradas de pó transmitindo esperanças, que defendeu crianças e cães, que transformou seus pontapés numa espécie de justiça não-oficial dos oprimidos contra os opressores, herói e anti-herói de um mundo em danação que precisava de um símbolo como ele, botinas velhas, bengala barata, bigodinho curto metido num rosto que podia, num segundo, metamorfosear toda a sua angústia num espantoso sorriso de satisfação para oferecer ao menos um leve sopro de otimismo e confortar os que choravam.
Depois de ver algumas vezes seguidas a sátira em que Chaplin, através de seu clown, ridicularizava as pretensões dominadoras de Hitler em O Grande Ditador, um crítico norte-americano profetizava a morte da comédia dizendo que quando Charles Spencer Chaplin morresse o cinema dificilmente encontraria alguém para substituí-lo. Acertou. A ausência de Chaplin deixa o humor cinematográfico praticamente órfão de pai. E quem tem acompanhado o desenvolvimento da comédia sabe que é impossível ao cinema encontrar quem reprise o homenzinho que nos seus 25 anos de vida simbolizou a máxima expressão da ternura e do grotesco, que foi uma espécie de consciência da primeira metade do nosso século, figura humana e poética que jamais deixou de acompanhar todos os grandes movimentos e transformações políticas e sociais de seu tempo, aderindo a elas como seu crítico mais implacável. Com Carlitos morreu, também, uma parte de todos nós.
Chaplin fez seu último filme em 1967: A Condessa de Hong Kong. Já não era nem o mesmo diretor e menos ainda o acrobático Carlitos de calças surradas, gestos rápidos e passos largos fugindo de policiais, driblando credores, protegendo cegos e mocinhas. Vivia na sua paz doméstica com Oona, a filha de Eugene O'Neil que fez questão de cumprir todos os seus pedidos. O principal deles: um enterro simples no cemitério de Vevey, perto de onde morava desde o começo dos anos 50, quando decidiu ir viver em paz na Suiça, sem possibilidades de voltar aos Estados Unidos porque fora acusado de simpatizante com o comunismo, ou à Inglaterra, onde tinha problemas com o fisco.
Aos 88 anos de idade, não tinha mais o que fazer. Recebia visitas de quando em quando, ia assistir aos espetáculos do circo montado na pequena cidade. Em 1972 os norte-americanos, envergonhados, reabilitaram-no. Ele foi convidado a voltar aos EUA e, embora as más recordações sejam impagáveis, concordou em receber a homenagem da Academia de Hollywood: o Oscar que o cinema negara a quem dera, talvez, a maior contribuição para o desenvolvimento da arte cinematográfica. Confissão pública de um imperdoável erro atribuído aos ortodoxos e aos radicais, o fato mereceu do New York Times um comentário sentencioso:

"Se uma nação pudesse enrubescer coletivamente, os Estados Unidos tinham uma boa razão para isso quando seu mundo oficial decidiu, duas décadas atrás, Que Charles Chaplin não podia retornar a este país antes de demonstrar seu valor moral. Felizmente os guardiães das virtudes desta terra parecem ter amadurecido suficientemente para não temer pela segurança política e moral da América quando, hoje, o criador do querido, patético e engraçado vagabundo retornar do seu exílio europeu."

Era 10 de abril de 1972 e o editorial do jornal americano emendava:

"As honras que esperam Carlitos em Hollywood pouco acrescentarão ao já firmemente estabelecido aplauso popular e julgamento crítico. Mas elas significam uma saudação, ainda que demorada, à vitória da arte e do humor sobre a rigidez burocrática."

Aos 88 anos de idade, com as forças já minadas pelo tempo, Chaplin ainda tinha planos. Pensava em três projetos, um deles The Freak, com suas filhas Josephine e Victoria nos papéis principais de uma história poética, ao seu estilo. Tinha também em mente um filme sobre um condenado à morte que descobre a beleza da vida ao escapar da prisão, bem como um terceiro, sátira social sobre as reações de uma comunidade ante um fenômeno sobrenatural. Não teve tempo de iniciar nenhum. Insistia sem necessidade. Se tivesse parado seu trabalho na metade da carreira, aí por volta dos anos 20, já teria feito o suficiente para entrar na galeria dos gênios do nosso século, tal a dimensão, a riqueza e a profundidade da obra que desenvolveu e aos elementos com que construiu Carlitos, sem dúvida o mais universal de todos quantos foram os personagens já criados na história do cinema.

(Continua)

sábado, 20 de novembro de 2010

Silent Ladies

"Silent Ladies" foram as atrizes que fizeram no tempo do cinema mudo (até a década de 20).


Silencioso? Não mesmo!
Os filmes mudos nunca foram verdadeiramente silenciosos! Eles eram sempre acompanhados por efeitos sonoros, música ao vivo, cantores ao vivo, alto-falantes, gravações fonográficas ou qualquer combinação deles.

Quando veio o som, havia três tipos de filmes na década de 1910:
1) silencioso: um filme que não tivesse uma trilha sonora que o acompanha. Os efeitos sonoros e a música foram fornecidos pelos atores e músicos ao vivo.
2) sincronização de som: a trilha sonora era fornecida por um cilindro ou gravação de som do disco.
3) photophone: um início de som nos filmes.

O diálogo do cinema mudo
Muitos filmes eram acompanhados por pessoas que estavam no palco e falavam os diálogos que estavam sendo mostrados na tela. Entre 1908 e 1912, o jogo de retrato falando era popular. Essas tropas eram constituídos por dois homens e uma mulher, que viajavam com os filmes e realizavam um diálogo ensaiado para o público.

Música do cinema mudo
Cada sala de cinema fornecia algum tipo de acompanhamento musical: vitrola, máquina de música mecânica, piano, órgão de teatro, cantor ou orquestra completa. Às vezes, os músicos ficavam livres para escolher suas próprias músicas, e às vezes o cinema vinha com partituras e as instruções de quando ele devia ser jogado.

E era nesse contexto que brilhavam as "Silent Ladies", que destacamos no vídeo:

1) Mabel Normand (1892/1930);
2) Mary Pickford (1892/1979);
3) Lilian Gish (1893/1993);
4) Dorothy Gish (1898/1968);
5) Theda Bara (1885/1955);
6) Clara Bow (1905/1965);
7) Louise Brooks (1906/1985);

O vídeo ainda podia ter citado, nessa lista, as atrizes Pola Negri (1897/1987), Gloria Swanson (1899/1983) e Lita Grey (1908/1995), entre muitas outras...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

10 Vampiros da Tela

A Revista Time sempre lança listas de "melhores e piores" (a revista Veja também faz isso, no Brasil). Aqui, reproduzo a lista dos "10 mais" entre os Vampiros do Cinema:

1) Nosferatu, no filme com mesmo nome - 1921
2) Drácula, no filme com mesmo nome - 1931
3) Eli, do filme "Let de Right One In" - 2008
4) Barnabas Collins, da série "Dark Shadows" - entre 1966 e 1971
5) Bill Compton, da série "True Blood" - começou em 2008 e está indo pra Quarta Temporada
6) Severen, do filme "Near Dark" - 1987
7) Blade, na Trilogia com mesmo nome - 1998, 2002 e 2004
8) Claudia, de "Entrevista Com o Vampiro" - 1994
9) O Conde, da Vila Sésamo - desde a década de 70
10) Zoltan, O Cão de Drácula, do filme homônimo - 1978

Vídeo: Drácula, de 1931, com Bela Lugosi

terça-feira, 16 de novembro de 2010

20 Maiores de Hollywood - Parte 2

Dando continuidade à lista dos 20 artistas de Hollywood mais "icônicos", na minha opinão:

11 – James Dean (1931/1955) - o eterno "rebelde" do cinema;
12 – Carmen Miranda (1909/1955) - a "brazilian bombshell";
13 – Sean Connery (1930/) - o melhor de todos os 007;
14 – Marilyn Monroe (1926/1962) - a mais bela "loira" do cinema;
15 – Marlon Brando (1924/2004) - o eterno "poderoso chefão";
16 – Elizabeth Taylor (1932/) - a mais famosa "Cleópatra" do cinema;
17 - Harrison Ford (1942/) - o eterno "Indiana Jones";
18 - Julia Roberts (1967/) - a sempre lembrada "pretty woman";
19 – Johnny Depp (1963/) - a versatilidade para criar tipos;
20 – Meryl Streep (1949/) - uma das "divas" da atualidade.

Esses 20 nomes evocam momentos eternos do cinema, ícones de várias gerações, cenas inesquecíveis, que ficaram e ficarão guardadas nas memórias de milhões e milhões de pessoas, em todo o mundo.

Como não lembrar de Carlitos sendo "devorado" pela máquina, numa cena de "Tempos Modernos" (1936), ou da ventilação erguendo a saia de Marilyn Monroe, em "O Pecado Mora ao Lado" (1955)? Ou ainda, ter ódio da Miranda Priestly vivida por Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada" (2006) ou não "obedecer" Greta Garbo, quando afirmou, enfaticamente, "I want to be alone" ("eu quero ficar só"), no filme "Grande Hotel" (1932)?

Foram esses artistas que deram significação ao cinema, bem como muitos outros. Pessoas como Norma Jean Baker (Marilyn Monroe), Margarita Cansino (Rita Hayworth), Frances Ethel Gumm (Judy Garland), Frederick Austerlitz e Virginia Katherine McMath (Fred Astaire e Ginger Rogers) foram alguns dos que maior contribuição deram, para que essa fosse considerada a "sétima arte"...

sábado, 13 de novembro de 2010

20 Maiores de Hollywood - Parte 1


Queria homenagear a maior celebridade do cinema, aquele nome que está em todas as listas de "melhores", que fez tipos inesquecíveis, que é sempre lembrado, quando se fala de um gênero do cinema, ou de uma determinada época. Mas a minha intenção inviabiliza a escolha de um nome só. Cada época teve suas celebridades, cada gênero também. Além disso, houveram atores e atrizes famosos, que deixaram sua marca pela quantidade de filmes feitos, como também houve aqueles que se tornaram "eternos" por apenas um filme...
Dessa forma, minha lista foi aumentando, até que decidi fazer o seguinte: como o século tem dez décadas, então nada melhor que escolher "dez nomes". Mas, escolhi dez nomes de atores e dez de atrizes. O critério foi o de homenagear aqueles artistas que realmente criaram personagens marcantes, ou ficaram celebrizados por algo que transcendeu os próprios filmes que fizeram...Essa é a minha lista...Faça a sua e comente...

1 - Bela Lugosi (1882/1956)- o maior "Drácula" da história do cinema;
2 - Ginger Rogers (1911/1995) - a eterna parceira de Fred Astaire em 10 filmes;
3 - Charlie Chaplin (1889/1977) - Carlitos, o admirável "Vagabundo";
4 - Greta Garbo (1905/1990) - a atriz que custou a sorrir e logo se isolou;
5 - Humphrey Bogart (1899/1957) - de motorista de caminhão à fama em "Casablanca";
6 - Judy Garland (1922/1969) - eternizada em "O Mágico de Oz"
7 - Fred Astaire (1899/1987) - o maior ator-dançarino de Hollywood;
8 - Rita Hayworth (1918/1987) - a "Deusa do Amor" de "Gilda";
9 - John Wayne (1907/1979) - o "machão" dos filmes de faroeste e guerra;
10 - Audrey Hepburn (1929/1993) - a eterna "Bonequinha de Luxo"

Alguns desses artistas contracenaram, em vários filmes, como Fred e Ginger, Fred e Rita, Fred e Judy, Humphrey e Audrey, Bela e Greta...Os filmes onde um deles aparece já é bom de ser visto. Filmes onde aparecem dois são ainda melhores...

domingo, 7 de novembro de 2010

1895: Primeira Sessão Pública de Cinema


O dia 28 de dezembro de 1895 é tido como o nascimento do cinema comercial. Com um programa fílmico de 40 minutos, os franceses Irmãos Lumière perseguiam a meta que norteia a 7ª arte até nossos dias: maravilhar o público.

A entrada do salão indiano do Grand Café de Paris não estava exatamente apinhada naquele 28 de dezembro de 1895. Não mais de três dúzias de visitantes vieram presenciar o momento histórico da primeira sessão cinematográfica comercial do mundo.

O ingresso custava um franco, o programa previa dez filmes de três a quatro minutos de duração. Os organizadores da apresentação eram os irmãos Auguste e Louis Jean Lumière, filhos do famoso fotógrafo Antoine Lumière, de Lyon.

Hoje, eles são considerados os inventores do cinema, embora antes deles os alemães Irmãos Skladanowsky, por exemplo, houvessem apresentado um programa no Varieté Wintergarten de Berlim em novembro do mesmo ano.

"Venha ver algo que o deixará maravilhado"

Ao lado dos Lumière, o igualmente francês Georges Méliès conta entre os pioneiros da sétima arte. Mas, enquanto os irmãos rodavam o que hoje se chamaria de documentários, Méliès trouxe a fantasia ao meio. Não é de espantar: ele ganhava a vida como mágico.

Também ele esteve presente àquela legendária projeção em dezembro de 1895. Anos mais tarde, relataria assim seu encontro com Antoine Lumière:

"'Monsieur Méliès, o senhor tem o hábito de maravilhar seu público. Gostaria de vê-lo esta noite no Grand Café.' Por quê?, perguntei. 'O senhor verá algo que o deixará maravilhado.' Primeiro, ele projetou imagens imóveis com seu aparelho, como também fazíamos em nossos números. Eu disse: Nós fazemos isso há 20 anos! Ele deixara as imagens paradas durante um tempo, de propósito. Subitamente, notei que as pessoas se moviam na tela em nossa direção. Ficamos todos completamente perplexos!"

(http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3762572,00.html)

Auguste Marie Louis Nicholas Lumière (Besançon, 19 de outubro de 1862 — Lyon, 10 de abril de 1954) e Louis Jean Lumière (Besançon, 5 de outubro de 1864 — Bandol, 6 de junho de 1948), os irmãos Lumière, foram os inventores do cinematógrafo (cinématographe), sendo frequentemente referidos como os pais do cinema.

L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat ou L'Arrivée d'un train à La Ciotat (pt: Chegada de um comboio / br: A chegada do trem na estação) é um filme francês de 1895, gravado por Louis Lumière e por Auguste Lumière. Foi um dos primeiros filmes a serem apresentados publicamente pelos irmãos Lumière, na cave do Boulevard des Capucines em Paris, em 28 de dezembro do mesmo ano. No dia 6 de janeiro de 1896, foi exibido Salão Indiano (uma saleta nos fundos de um café), naquela que entrou para a história como a primeira exibição pública comercial de um filme. O bilhete custou 1 franco.

(Fonte: Wikipédia)

Imagem: Irmãos Lumière
Vídeo: L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Carlitos e o Cinema-Mudo

Você já parou para pensar em que consiste o "cinema"?
Explicando de forma simples, "cinema" são diversas imagens que passam pela nossa frente, em ritmo acelerado. Os "inventores" do "cinema" perceberam que, se fizessem diversas imagens passarem diante de nossos olhos, numa velocidade acelerada, nossa "memória de imagens" nos faria pensar que ali estaria havendo "movimento". A isso, chamamos de "persistência da visão". Complicado?
Não...Imagine um desenho de um pássaro voando. Em seguida, outro desenho, do mesmo pássaro, apenas um pouco para a frente, e outro, e outro, e outro...Se você fizer diversos desses desenhos, e passá-los rapidamente diante de seus olhos, terá a impressão de que o desenho se move...Isso é a "persistência da visão"...
Então, para haver "cinema", teve que haver essa descoberta, e também as fotografias. Com elas, descobriu-se que poderíamos ter esse feito com pessoas, cenas "reais", etc.
Mas os primeiros filmes não tinham som, somente na década de 20, é que se começaram a fazer filmes sonoros...Antes disso, os filmes eram "mudos". Havia apenas o acompanhamento de um piano, uma orquestra, um violino...Mas não havia som...

***

Um dos "reis" do "cinema-mudo" foi o inglês Charles Spencer Chaplin (1889/1977). Ele era filho de artistas, e começou a "atuar" nos palcos com apenas cinco anos de idade. Seu pai morreu quando ele tinha 12 anos, e sua mãe era mentalmente doente. Assim, restava a Chaplin o convívio com seu irmão mais velho, Sidney.
Em 1910, Chaplin fez sua primeira turnê pelos Estados Unidos, e ela durou até 1912. Depois, ele foi para a Inglaterra e voltou. Em 1913, passou a trabalhar com o célebre Mack Sennett, da Keystone Film Company. Logo, Ele era uma das estrelas da Companhia.
Em 1914, ele criou "O Vagabundo" ("The Tramp", em inglês), mais conhecido no Brasil como Carlitos.
Chaplin fez inúmeros filmes caracterizado como Carlitos. Morreu na Suiça.

A cena que ilustra este post é do filme "Luzes da Cidade", de 1931. Nele, Chaplin demonstra muito de sua genialidade...Já havia o "cinema falado", mas ele preferia o "cinema-mudo", ainda.
Nesse filme, ele era "O Vagabundo", e queria ajudar uma florista cega (vivida por Virgínia Che.
Ele precisava fazer com que ela pensasse que ele era milionário. Então, fez a cena da seguinte forma: após falar com a florista, ele fica em silêncio, observando-a. Nisso, alguém entra num carro e bate a porta e ela pensa que é ele. Ele percebe o engano dela, e a deixa pensar que ele é que entrou no carro e, portando, é um milionário (carros eram caros, naquela época).
Era dessa forma que o Carlitos fazia as pessoa rirem e também chorarem, em seus filmes, e o tornaram um dos maiores comediantes da História do cinema...Falaremos mais dele, em futuros posts...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cinema Paradiso

Bem vindos ao Blog "Cinema de A a Z"!!!É com muita satisfação que reinicio aqui um Blog que já possuía, mas que perdi a senha e parei de postar!!!Além desse, tenho os Blogs "História de R a Z" (de História, obviamente), o "Vento no Litoral" (de música) e o "Variando Idéias" (idéias variadas). Como você já deve ter percebido, adoro escrever, e cinema, música e História são minhas paixões.
Mas, aqui, tratarei de minha paixão pela Sétima Arte, o Cinema. No Blog anterior, eu copiava e colava textos sobre cinema. Mas, para a maioria dos leitores, acredito que cinema seja mais emoção e menos texto. Então, mudo a forma dos posts, para que fiquem mais simples e gostosos de ler.

Para "abrir" o Blog, pensei numa cena de filme que homenageasse o cinema como um todo. E, na minha humilde opinião, essa cena pertence ao filme "Cinema Paradiso", de 1988. Nesse filme há um menino, Totó, que vive numa cidadezinha do interior da Itália.
Lá, ele começa a trabalhar com Alfredo (vivido pelo ator Philippe Noiret), que cuida das projeções de filmes no cinema local (o "Cinema Paradiso"). Quando fica maior, Totó se apaixona e se decepciona. É quando Alfredo lhe diz que saia da cidadezinha e vá tentar a vida em outro lugar. Totó segue a idéia e vai para Roma, onde se torna Salvatore Di Vita, cineasta famoso (personagem vivido por Jacques Perrin).
Um dia, Salvatore é avisado de que Alfredo faleceu...É assim que o filme começa (a história dos dois é contada depois). De volta à cidadezinha, Salvatore vê o Cinema Paradiso ser demolido para virar estacionamento, e recebe uma lata de filme da viúva de Alfredo.
De volta a Roma, ele vai ver o filme que está na lata. É uma montagem feita por Alfredo, que fez para ele...
Na cena que postei aqui, temos Salvatore vendo o filme feito por Alfredo. Mas não vou contar mais, para não estragar a emoção de ver o filme todo, e descobrir o porquê dessa cena e das lágrimas de Salvatore, que por um instante volta a ser o menino Totó...E é por essa cena que homenageio o cinema...Por ele ter a força de nos transformar em Totós, nem que seja por um instante...Assista e entenderá...
Obrigado ao grande Giuseppe Tornatore, por nos brindar com esse raro momento, em que entendemos porque o cinema é considerado arte...