terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Spencer Tracy (1900/1967) - Parte I


Spencer Bonaventure Tracy nasceu em Milwaukee, Wisconsin, EUA, no dia 5 de abril de 1900, filho de irlandeses. 

Em 1916, sua família se mudou para Kansas City mas logo voltaram para Wisconsin. Lá, na escola, ele conheceu o futuro ator Pat O'Brien (1899/1983). 
Em 1917, os dois jovens deixaram a escola para se alistar na Marinha, após a entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial. Depois, voltou aos estudos, graduando-se em 1921.

Nessa época, ele já começava a se interessar por interpretação, tendo feito peças teatrais. Em 1922, Spencer já estava em New York, trabalhando na Broadway. Abaixo, Spencer Tracy:


Em 1923, ele se casou com Louise Treadwell (1896/1983). Em 1924 nasceu John Tracy, primeiro filho do casal. Logo, os pais perceberam que o menino era surdo. Enquanto a mãe tentava resolver o problema da surdez do menino, o pai continuou trabalhando em teatro. 

Spencer Tracy apareceu em cinema a partir de 1930. Seu primeiro longa-metragem foi Up The River (abaixo), onde foi dirigido por John Ford e trabalhou com Humphrey Bogart.


Em 1931, ele trabalhou em Quick Millions e Goldie (com Jean Harlow).

Em 1932, Tracy trabalhou em Young America, Me and My Gal e 20000 Years In Sing Sing (com Bette Davis):


Em 1932, nasceu a segunda filha de Spencer e Louise. Ela também foi chamada de Louise (Susie). Em 1933, Spencer trabalhou em Shanghai MadnessThe Power and the GloryMan's Castle. Abaixo, Spencer em 1933:


Filmes de 1934: Looking for TroubleBottoms UpNow I'll Tell (com Shirley Temple) e Marie Galante.

Em 1935, ele trabalhou em The Murder Man (com James Stewart) e Dante's Inferno (com Rita Hayworth). Abaixo, Spencer, Rita e Gary Leon:


Em 1936, ele estrelou Riffraff (com Jean Harlow e Mickey Rooney), Fury (dirigido por Fritz Lang), San Francisco (com Clarke Gable) e Libeled Lady (novamente com Jean Harlow). Abaixo, Spencer e Jean Harlow, em Riffraff:


Em 1937, ele trabalhou em Captains Courageous (com Freddie Bartholomew, Lionel Barrymore e Mickey Rooney), Big City e Mannequin (com Joan Crawford). Abaixo, Spencer e o menino Freddie em Captains Courageous:



Em 1938, Spencer trabalhou em Test Pilot (dirigido por Victor Fleming, com Clarke Gable) e Boys Town (com Mickey Rooney). 

Em 1939, trabalhou em Stanley and Livingstone.

Em 1940, trabalhou em I Take This Woman (com Hedy Lamarr), Young Tom Edison (com Mickey Rooney), Northwest Passage, Edison, the ManBoom Town (com Clarke Gable, Claudette Colbert e Hedy Lamarr). Abaixo, Spencer, Hedy, Claudette e Clarke:



Em 1941, ele trabalhou em Men of Boys Town (com Mickey Rooney) e Dr. Jekyll and Mr. Hyde (dirigido por Victor Fleming, com Lana Turner e Ingrid Bergman). Abaixo, Ingrid, Spencer e Lana:




domingo, 20 de fevereiro de 2011

1900 - The Enchanted Drawing (O Desenho Encantado)


Filme dirigido e protagonizado por James Stuart Blackton (1875/1941). Ele é considerado o "pai da animação" nos EUA. 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

George Cukor


Nascido em 1899 e falecido em 1983, George Dewey Cukor foi um dos diretores de Hollywood que mais trabalhou com as grandes atrizes. Duvida? Então, olhe a lista:

1932A Bill of Divorcement, com Katharine Hepburn (foto abaixo):




1933 Dinner At Eight, com Jean Harlow (foto abaixo):




1933Little Women, com Katharine Hepburn;


1935No More Ladies, com Joan Crawford (foto abaixo):




1935Sylvia Scarlett, com Katharine Hepburn;


1936 - Romeu e Julieta, com Norma Shearer (foto abaixo):




1936 - Camille, com Greta Garbo (foto abaixo):




1938 - Holiday, com Katharine Hepburn;


1939 - Zaza, com Claudette Colbert (foto abaixo):




1939The Women, com Joan Crawford;


1939Gone With the Wind (E O Vento Levou), com Vivien Leigh (foto abaixo):




1940Susan and God, com Joan Crawford;


1940 - The Philadelphia Story, com Katharine Hepburn;


1941 - A Woman's Face, com Joan Crawford;


1941Two-Faced Woman, com  Greta Garbo;


1942Her Cardboard Lover, com Norma Shearer;


1942Keeper of the Flame, com Katharine Hepburn;


1944 - Gaslight, com Ingrid Bergman (foto abaixo):




1944I'll Be Seeing You, com Ginger Rogers e Shirley Temple (fotos abaixo):










1949Edward, My Son, com Deborah Kerr (foto abaixo):




1949 Adam's Rib (A Costela de Adão), com Katharine Hepburn;


1950A Life of Her Own, com Lana Turner (foto abaixo):




1952 - Pat and Mike, com Katharine Hepburn;


1954A Star Is Born (A Estrela Sobe), com Judy Garland (foto abaixo):




1956Bhowani Junction, com Ava Gardner (foto abaixo):




1957Wild Is the Wind, com Anna Magnani (foto abaixo):




1958 Hot Spell, com Shirley MacLaine (foto abaixo):




1960Heller in Pink Tights, com Sophia Loren (foto abaixo):




1960Let's Make Love, com Marilyn Monroe (foto abaixo):




1962Something's Got to Give, com Marilyn Monroe e Cyd Charisse (o filme nunca foi terminado, pois Marilyn morreu antes de terminá-lo);


1962The Chapman Report, com Jane Fonda e Shelley Winters (fotos abaixo):






1964My Fair Lady, com Audrey Hepburn (foto abaixo):




1976 - The Blue Bird, com Ava Gardner, Jane Fonda e Elizabeth Taylor (Elizabeth e Ava, na foto abaixo):






1981Rich And Famous, com Jacqueline Bisset e Candice Bergen (fotos abaixo):




Em Dezembro de 2010, postei sobre as 25 maiores estrelas do cinema, de acordo com o American Film Institute (http://rogercinema.blogspot.com/2010/12/grandes-nomes-da-d%C3%A9cada-de-10.html). Dessas 25, 15 trabalharam com George Cukor. Podemos dizer que ele foi um dos que mais trabalhou com as grandes estrelas de Hollywood, sendo que Katharine Hepburn (8 filmes) e Joan Crawford (4 filmes) parecem ter sido suas favoritas. E também podemos dizer que ele dirigiu grandes filmes: ...E O Vento Levou, A Costela de Adão, My Fair Lady e A Estrela Sobe estão entre os filmes mais comentados e apreciados da História do Cinema.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os Filmes de Hitchcock

Alfred Joseph Hitchcock nasceu em Londres, em 1899, e é considerado um dos maiores diretores da História do Cinema. Entre as décadas de 20 e 70, ele dirigiu dezenas de filmes, e acabou se tornando o "mestre do suspense". Iremos conhecer a vida e a obra desse "mestre" aos poucos. Hoje, iremos saber um pouco mais sobre os filmes dele:

1922 - Número 13 (provavelmente perdido);

1925 - O Jardim dos Prazeres;

1927 - O Hóspede (um serial killer mata moças loiras em Londres);

1929 - Chantagem e Confissão (moça mata acidentalmente um homem que tenta estuprá-la);

1930 - Assassinato (mulher é encontrada ao lado de amiga morta e é julgada, sem se lembrar o que aconteceu);

1934 - O Homem que Sabia Demais (médico descobre plano para matar diplomata e tem seu filho sequestrado, para se calar);

1935 - Os 39 Degraus (mulher revela ser espiã a um homem, e é morta. Ele tenta desvendar o mistério);

* Esses são filmes da Fase Inglesa do Diretor. Em 1940, começou sua Fase Americana:

1940 - Rebecca, A mulher Inesquecível (moça, vivida pela atriz Joan Fontaine, se casa com inglês, vivido por Laurence Olivier, e vai viver na mansão dele, onde muitos mistérios serão revelados. Ganhou Oscar de Melhor Filme);



1941 - Suspeita (homem, vivido por Cary Grant, se casa com rica herdeira, vivida por Joan Fontaine. Após um amigo dele morrer, ela suspeita que pode ser a próxima vítima);



1945 - Quando Fala O Coração (psiquiatra, vivido por Gregory Peck, chega a um hospital e, com a ajuda da enfermeira, vivida por Ingrid Bergman, começa a descobrir coisas sobre si mesmo);



1948 - Festim Diabólico (dois jovens matam um colega e convidam a família para uma festa. No baú da sala está o corpo da vítima...James Stewart é o professor);



1954 - Disque M Para Matar (Um ex-tenista profissional - Ray Milland - chantageia um amigo - Robert Cummings - para que este mate sua esposa - Grace Kelly - e ele possa ficar com a herança);



1954 - Janela Indiscreta (homem, vivido por James Stewart acredita ter presenciado um assassinato e, com ajuda de sua noiva, vivida por Grace Kelly, tenta desvendar o crime);



1955 - Ladrão de Casaca (ladrão, vivido por Cary Grant, usa mulher bonita, vivida por Grace Kelly, para pegar outro ladrão, na Riviera Francesa);



1956 - O Homem Que Sabia Demais (refilmagem de 1934, com James Stewart e Doris Day);



1958 - Um Corpo Que Cai (homem pede a seu amigo detetive, vivido por James stewart, que siga sua esposa, vivida por Kim Novak);



1960 - Psicose (moça, vivida por Janet Leigh, dá um desfalque na empresa e foge, indo parar num hotel de beira de estrada, onde é assassinada, numa das cenas mais famosas do cinema);



1963 - Os Pássaros (numa cidadezinha, pássaros começam a atacar pessoas sem motivo aparente);



1976 - Trama Macabara (último filme de Hitchcock, sobre uma médium que desvenda a falsa morte de um rapaz);

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CHAPLIN (Parte 3) - Orlando F. Fassoni

Parte 1: http://rogercinema.blogspot.com/2010/11/chaplin-orlando-f-fassoni.html (25/11/2010)

Parte 2: http://rogercinema.blogspot.com/2010/12/chaplin-cont-orlando-f-fassoni.html (11/12/2010)

"O sujeitinho usa calças-balão, tem os pés chatos e a aparência do mais miserável e enxovalhado bastardo do mundo. Coça-se a todo instante, como se tivesse piolhos nos sovacos. Mas como é engraçado!"
Carlitos existia. Fez 35 filmes para a série Keystone, de Carlitos Repórter, o primeiro, até Seu Passado Pré-Histórico, o último. Foi escroque, trapalhão, vagabundo, bêbado descontrolado, suicida apaixonado, pensionista, namorado vingativo, travesti pela primeira vez (em A Busy Day, onde usou os vestidos da atriz Alice Davenport), falso conde, árbitro de boxe, marido de Mabel Normand em Dois Casais Encrencados onde, por pouco, ele não se casa com a atriz.
Na Essanay, para onde foi por 10 mil dólares só de luvas, Chaplin dirigiu e interpretou os 14 filmes que fez, trabalhando, até Luzes da Ribalta, de 1952, com o fotógrafo Rollie Totheroh, uma união profissional de 40 anos seguidos, coisa rara na história do cinema. Thoteroh morreu em 1967. Começou, ali, como candidato a um lugar num estúdio em Seu Novo Emprego, de 1915, passando por ébrio em Uma Noite Fora ou Carlitos se Diverte, a comédia onde estreou Edna Purviance, que seria, mais tarde, atriz inseparável de Carlitos. Em abril de 1915 ele realizou aquele que seria seu primeiro clássico: O Vagabundo (The Tramp). Até então não precisara de mais nada senão um parque, um policial e uma moça bonita para criar suas irresistíveis gags, sua pantomima notável, seu personagem esdrúxulo e mal costurado dentro das calças, das botinas, enfiado no chapéu roto. Mas, a partir de O Vagabundo ele insere na sua temática novos elementos pungentes e patéticos: a estrada vazia, o amor verdadeiro, a infelicidade estampada no sorriso de frustração do clown, nos gestos que antes serviam apenas para realçar o humor e agora já passavam a ser elementos integrados de um processo de representação que transmitia dor e levava as pessoas às lágrimas.
Entre 1915, data de seu primeiro filme clássico, até 1967, Chaplin fez 39 filmes. Alguns deles - oito pelo menos - são obras que qualquer estudioso, pesquisador ou historiador do cinema coloca, sem comentários, entre o que foi feito de melhor, mais alto e mais humano na comédia cinematográfica.
Elementos embrionários adquirem sua função definitiva na composição do personagem. Era o último estágio do clown e o primeiro filme em que ele se empenhava em narrar uma história segundo os modelos tradicionais, isto é, com início, meio e fim, começando pelo encontro de Carlitos com os ladrões que tentam roubar a garota, na estrada, o modo como ele a salva e é ferido, tratado e recuperado, até o aparecimento do noivo da moça e, para ele, a eterna frustração de ver-se preterido apesar de todo o heroísmo. Chaplin teve aí sua primeira chance em fazer da estrada e da paixão alguns dos elementos que estariam presentes em boa parte de suas obras posteriores. Inclusive o patético que levava as platéias não apenas a rir com seu personagem mas também a chorar com ele.


Abaixo: cena final do filme O Circo (1928), de Charlie Chaplin:



Terminaria, a partir daí, o primitivismo na criação chapliniana. Já é acentuada a transformação que ele opera mo personagem nas fitas seguintes: Carlitos na Praia, cheio de frescura e poesia; Limpador de Vidraças, onde a correria típica da Keystone é mais rebuscada e a perseguição final atinge um ponto de rara perfeição artesanal; A Woman, tema de vaudeville que ele valorizou com um estupendo travesti, hoje clássico; O Banco, um dos filmes mais fortes da Essanay, com Carlitos no papel já bem desenvolvido do ser ingênuo que necessita de compreensão e amor em uma história que vários estudiosos viram como o embrião de Em Busca do Ouro; Carlitos Marinheiro, com seu show de malabarismo, um clássico de pantomima; Carlitos no Teatro, com Ben Turpin, reminiscência notável da fase de Fred Karno e do burlesco de sua época com Mack Sennett. Em 1915, ainda, Chaplin fez uma paródia da ópera Carmen, de Bizet. Transformou-a numa sátira selvagem e diretamente dirigida à adaptação feita por Cecil B. De Mille que estava sendo lançada na ocasião.

Abaixo: cenas do filme A Woman (1915), de Chaplin, com a música Pretty Woman como trila sonora:


Carlitos Policial, ainda em 1915, foi o seu último filme na Essanay, estúdio que ele abandonou no fim daquele ano. E, tal como havia acontecido em Carmen, foi também montado por outros, com o uso de material deixado por Chaplin na companhia. Três anos mais tarde a Essanay lançou um filme intitulado Triple Trouble (Três Vezes em Apuros), feito de fragmentos de Limpador de Vidraças e outras comédias.
"O futuro, o futuro, o maravilhoso futuro. Aonde me conduziria? As perspectivas eram estonteantes. Como uma avalancha, dinheiro e êxito chegavam de forma sempre crescente. Tudo era perturbador, amedrontador, mas maravilhoso." Chaplin descreve assim o intermezzo entre a sua saída da Essanay para, sob contrato com a Mutual, fazer lá 12 filmes ao preço de 670 mil dólares. (Continua)