quarta-feira, 30 de novembro de 2011

História do Cinema - Parte 14 (1904)


Em 1904:


* Começa a Guerra Russo-Japonesa




* Por 10 milhões de dólares, os EUA ganham o controle do Canal do Panamá



* é assinada a Entente Cordiale, entre o Reino Unido e a França



* A Longacre Square, em New York, passa a ser chamada de Times Square





E No Mundo do Cinema...



Em 1904, Thomas Edison tem 57 anos, Georges Méliès tem 43 anos e dirige Le Joyeux Prophète Russe, Faust et Marguerite, Les Transmutations Imperceptibles, Les Apparitions Fugitives, Le Roi du Maquillage (Filme 1, Abaixo)Au Clair de La Lune ou Pierrot Malheureux, Les Apaches, Le Barbier de Séville, La Dame Fantôme, Le Rosier Miraculeux e La Sirène (Filme 2, Abaixo), entre outros.


Le Roi du Maquillage


La Sirène

Auguste Lumière tem 42 anos e Louis Lumière tem 40 anos. Flo Ziegfeld tem 37 anos, Marie Dressler tem 36 anosAnna Held tem 32 anos. Louis Feuillade tem 31 anos, D. W. Griffith tem 29 anos e Lionel Barrymore tem 26 anos e se casa com Doris Rankin (1888/1946, abaixo):



Alla Nazimova e Ethel Barrymore têm 25 anos. Tom Mix, Mack Sennett e W.C. Fields têm 24 anos (em 1904, nasce o filho de Fields e HattieWilliam Claude Fields, Jr.). Cecil B. DeMille tem 23 anos. John Barrymore Bela Lugosi têm 22 anos. Lon Chaney, Douglas Fairbanks e Walter Huston têm 21 anos. Emil Jannings e Louis B. Mayer têm 20 anos. Louis B. Mayer se casa com Margaret Shenberg (abaixo):


Wallace Beery e Theda Bara têm 19 anos. Ele segue rumo a New York. Al Jolson tem 18 anos e começa a pintar o rosto de preto, em suas atuações, fazendo enorme sucesso:




"Chico" Marx e Boris Karloff têm 17 anos, Maurice Chevalier"Harpo" Marx e F. W. Murnau têm 16 anos, Victor FlemingPearl WhiteWarner Baxter e "Charlie" Chaplin têm 15 anos. Abaixo, Londres (terra de Chaplin), em 1904:


Stan Laurel e "Groucho" Marx têm 14 anos, Oliver HardyErnst LubitschMary PickfordJack Warner e "Gummo" Marx têm 12 anos. Leslie HowardHarold LloydMae West e Lilian Gish têm 11 anos. Norma Talmadge, John Ford e Jean Renoir têm 10 anos, Rodolfo Valentino e Buster Keaton têm 9 anos, Howard Hawks tem 8 anos. Marion Davies, Pola Negri, Nita Naldi, Frank Capra e Edith Head têm 7 anos. Sergei Eisenstein e Dorothy Gish têm 6 anos. Ramon Novarro, Gloria Swanson, Fred Astaire, Irving Thalberg e Humphrey Bogart têm 5 anos. Luis BuñuelSpencer Tracy, Jean Arthur e Richard Hollingshead têm 4 anos. Clark Gable, "Zeppo" Marx,Gary Cooper, Walt Disney e Marlene Dietrich têm 3 anosTallulah Bankhead, David O. Selznick, William Wyler, Norma Shearer, Leni Riefenstahl, Larry Fine e Margaret Hamilton têm 2 anos. Vincente Minelli, Bing Crosby, Bob Hope, Jeanette MacDonald, Claudette Colbert e "Curly" Howard têm 1 ano. Nesse ano nascem Archibald Alexander Leach (Cary Grant, Bristol, Inglaterra, na foto abaixo), Arthur John Gielgud (John Gielgud, Londres, Inglaterra), Pedro Vargas Mata (Pedro Vargas, San Miguel de Allende, México), Jean-Alexis Moncorgé (Jean Gabin, Val-d'Oise, Paris, França), László Löwenstein (Peter Lorre, Ružomberok, Eslováquia), Eileen Evelyn Greer Garson (Greer Garson, Londres, Inglaterra), Richard Ewing Powell (Dick Powell, Mountain View, Arkansas, EUA) e George Stevens (Oakland, Califórnia, EUA).


Filme do Ano:

Voyage à Travers L'Impossible, de Georges Méliès


A sociedade geográfica propõe a viajar ao redor do mundo. Muitos veículos são feitos para esta viagem, incluindo um submarino, um automóvel e um carro grande caixa de trem cheio de gelo.As máquinas são carregados em um trem, e são enviados para o Alpes Suíços , onde os viajantes começará sua jornada. Eles primeira placa de um automóvel chamado "Transporte The Impossible" e viagem através das montanhas, apenas para falhar e ser levado às pressas para um hospital. Depois de terem recuperado, eles embarcam em um trem com seus veículos, ea viagem até topo de uma montanha. Ficando mais e mais a cada minuto, com balões anexos ao trem, eles sobem para o espaço e são "engolidas" pelo sol. A terra viajantes com um estrondo. Eles estão felizes por estar vivo, mas o calor é demais. Todos, exceto um dos viajantes são carregados em uma caixa de gelo, mas de repente congelados. O viajante ainda começa um fogo para derreter o gelo, e move os indivíduos com mais de um submarino. O submarino é lançado fora do sol, e cai em um oceano. Um problema caldeira faz com que o submarino para explodir, e os viajantes são jogados para o ar, e caem na terra. A grande alegria é realizada para os indivíduos. - Duração: 24 minutos

Links: 

Homenagem ao Nahud 1 - Era Uma Vez No Western

Quando eu era garoto, passava muito tempo nas sessões coruja dos canais de tevê. Lembro-me com clareza quando assisti numa sala de cinema a Mais Forte Que a Vingança/Jeremiah Johnson (1972), de Sydney Pollack, alguns anos depois do seu lançamento. Desde os créditos de abertura fiquei hipnotizado. A imensidão branca das montanhas nevadas, a solidão do herói, a intensidade selvagem. Tudo o que eu queria ser quando crescer estava no Jeremiah Johnson de Robert Redford. Ao longo dos anos revi esse clássico várias vezes e a qualidade alucinatória das suas imagens nunca perdeu sua força sobre mim. Ele fez crescer a minha paixão pelos filmes, virou vocação. Mas minha paixão já era abusada desde criança, eu não simpatizava com John Wayne e os spaghetti-westerns, deixando meu pai descontente. Fanático por faroestes, ele felizmente também admirava Gary Cooper e fitas irreverentes como A Face Oculta/One-Eyed Jacks (1961). Pouco a pouco explorei os princípios básicos do WESTERN. Os mais antigos embelezam a realidade para torná-la mais “interessante”, transformando sanguinários em heróis, como o General Custer, por exemplo. Mas a partir dos anos 50 vários filmes começaram a questionar os mitos perpetuados por Hollywood. O herói tornou-se mais rico e mais complexo, dando margem a elaborados dramas psicológicos que falam de cobiça, vingança e violência sádica. 

Claire Trevor e John Wayne em
"No Tempo das Diligências"
O primeiríssimo faroeste da história do cinema foi produzido em 1903 por Thomas Alva Edison, da Edison Manufacturing Company. Considerado o fundador do gênero, embora alguns curtas-metragens tenham apresentado anteriormente elementos do WESTERNO Grande Roubo do Trem/The Great Train Robbery, do pioneiro Edwin S. Porter, desenvolveu o estilo que muitos diretores iriam copiar. Um dos seus marcos é uma cena em que o vilão (interpretado por George Barnes) olha para o espectador, aponta sua arma e atira “diretamente” no público. Foi um choque, muita gente saía correndo da sala de exibição, em pânico. A história fala de um bando de vilões que consegue parar um trem, faz com que todos os passageiros saiam da locomotiva e após o assalto, partem à  cavalo. Em 1923, a Paramount lançou Os Bandeirantes/The Covered Wagon, de James Cruz, lembrado como o primeiro épico da história do western. Narra a longa e sofrida viagem dos conquistadores em direção ao oeste selvagem norte-americano. No elenco, J. Warren Kerrigan, Lois Wilson e Ernest Torrence. Na equipe técnica, dois futuros (e bons) diretores: Dorothy Arzner na edição e Delmer Daves na cenografia.

John Ford
Figura maior do WESTERN, o fabuloso John Ford dirigiu em 1924 O Cavalo de Ferro/The Iron Horse, obra que fala da construção da primeira ferrovia transcontinental, protagonizada por George O’Brien e Madge Bellamy. Em 1939, o diretor lançou uma de suas obras-primas, No Tempo das Diligências/Stagecoach (abaixo), dando status artístico ao gênero e o estrelato a John Wayne, que faria outros filmes com ele, tornando-se amigos e compartilhando as mesmas convicções conservadoras de extrema direita. Ford adorava filmar a imensidão árida e rústica do Monument Valley, no deserto do Arizona. Seus clássicos incluem Paixão dos Fortes/My Darling Clementine (1946), Rastros de Ódio/The Searchers (1956) e O Homem que Matou o Facínora/The Man Who Shot Liberty Valance (1962). No entender do crítico Andrew Sarris, uma das principais marcas do cinema de John Ford é a simplicidade, aliada a uma sensível economia de expressão, que contribui muito para embelezar seu estilo: 

“Ford nunca se preocupou em fazer artificiais cenas de efeito, com planos ousados ou arriscados. Era um excelente contador de histórias e apenas pretendia que o conteúdo de seus filmes falasse por si mesmo”



Conservador, anticomunista e militarista, o diretor nunca deixou que seus posicionamentos políticos comprometessem a qualidade artística de sua imensa obra, que se destaca pelo senso de humor, harmonia visual, folclore do interior norte-americano e irlandês, humanismo, religião e sentimentalismo.

James Stewart
Nos primeiros faroestes, os índios norte-americanos eram retratados como inimigos ferozes dos conquistadores brancos. Nas décadas seguintes, os maus-tratos e a chacina destes índios foram reconhecidos em filmes como Flechas de Fogo/Broken Arrow (1950), O Caminho do Diabo/Devil’s Doorway (1950), Apache/idem (1954), Crepúsculo de uma Raça/Cheyenne Autumn (1964), O Pequeno Grande Homem/Little Big Man (1970) e, mais recentemente, Dança com Lobos/Dances with Wolves (1990). São longas corajosamente favoráveis à causa indígena, denunciando a injustiça social e o preconceito, numa exposição crítica sem subterfúgios. Na época inicial deste reajuste de contas, nos primeiros anos dos 50, surgiu a revitalização do faroeste através de Anthony Mann, marcada pela intensidade psicológica dos personagens e sensibilidade visual. Ele sacudiu o gênero nos cinco filmes que fez com o seu amigo de longas datas, James Stewart, girando quase sempre em torno da vingança, com o herói dominado por um destino trágico que o leva a exterminar seu inimigo e, uma vez finalizada a tarefa macabra, apenas saborear um gosto amargo na boca. Não estamos diante de um homem bom, no estilo dos cowboys tradicionais, mas de um ser complexo que se debate entre converter-se em um pistoleiro ou um fazendeiro, entre infligir a lei ou respeitá-la, vivendo no fio da navalha.  Ambíguo e atormentado, teimoso e infeliz, o mocinho manniano une palavra e ação, e para tal fim se entrega de corpo e alma. Tendo deixado sua marca única também no criminal noir e no épico, Anthony Mann é um dos maiores diretores de faroestes de todos os tempos, inovando desde o seu primeiro – e excelente – O Caminho do Diabo, com Robert TaylorSegundo ele, 

“O faroeste goza de tanta popularidade porque nele um homem diz: vou fazer algo, e o faz. Todos queremos ser heróis. Este é o drama. É o que o cinema se encarrega de realizar esse sonho”.

Anthony Mann
Mestres noutros gêneros arriscaram uma ou outra obra em histórias de bang-bang, resultando quase sempre em clássicos premiados e populares: Fritz Lang (Os Conquistadores/Western Union, 1941), King Vidor (Duelo ao Sol/Duel in the Sun, 1946), Fred Zinnemann (Matar ou Morrer/High Noon, 1952), George Stevens (Os Brutos Também Amam/Shane, 1953), Douglas Sirk (Herança Sagrada/ Taza, Sono of Chochise, 1954), Edward Dmytryk (A Lança Partida/Broken Lance, 1954), Henry King (Estigma da Crueldade/The Bravados, 1958), William Wyler (Da Terra Nascem os Homens/The Big Country, 1958), John Huston (O Passado Não Perdoa/The Unforgiven, 1960), Richard Brooks (Os Profissionais/The Professionals, 1966), etc. Suspense de tirar o fôlego, Matar ou Morrer conta a história de um xerife (Gary Cooper) traído por sua própria comunidade e abandonado para enfrentar sozinho cruéis pistoleiros. Apenas a sua coragem moral o impede de fugir da cidade como um homem derrotado. Abaixo, cenas de Matar ou Morrer (1952), com Gary Cooper e Grace Kelly:


No entanto, não podemos esquecer os craques diretores da galeria da fama do faroeste: Howard Hawks, William A. Wellmann, Raoul Walsh, John Farrow, Robert Aldrich, André De Toth, George Marshall, Delmer Daves, John Sturges, Budd Boetticher, Rudolph Maté e Sam Peckinpah. Entre os atores habituais do gênero, destacam-se Gary Cooper, James Stewart, John Wayne, Joel McCrea, Randolph Scott, Walter Brennan, Glenn Ford, Robert Mitchum, Gregory Peck, Harry Carey, Buck Jones, Tom Mix, Richard Widmark, Clint Eastwood e Audie Murphy.


Maureen O'Hara e Joel McCrea em "Buffalo Bill"
Na década de 60, o WESTERN atravessou uma fase de vacas magras nos Estados Unidos, não despertando o interesse dos produtores e tampouco do público. Mas na Itália, conhecidos como spaghetti-westerns, estavam sendo produzidos a todo vapor, numa abordagem mais contemporânea e operística. O italiano Sergio Leone, mestre absoluto desse revival, desconstruiu de certa forma o mito ao realizar excitantes tributos, como os inigualáveis Três Homens em Conflito/Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo (1966) e Era Uma Vez no Oeste/C’Era Una Volta Il West (1968). Com extraordinária trilha sonora de Ennio Morricone, este último resgatou os estilizados personagens do gênero: a prostituta bondosa, o pistoleiro enigmático, o bandido manhoso. Um universo de pistoleiros e bandidos violentamente dominados pelo fascínio do dinheiro fácil e da crueldade sem precedentes. Depois das obras-primas de Leone, surgiram outros expressivos filmes de faroeste: Meu Ódio Será sua Herança/The Wild Bunch (1969), Butch Cassidy/ Butch Cassidy and Sundance Kid (1969), Quando os Homens são Homens/ McCabe and Mrs. Miller (1971), Mais Forte Que a Vingança, Pat Garrett e Billy the Kid/Pat Garrett and Billy the Kid (1973), Duelo de Gigantes/The Missouri Breaks (1976), Silverado/idem (1985), Dança Com Lobos (1990), Wyatt Earp/idem (1994), Dead Man/idem (1995) e Bravura Indômita/True Grit (2010). Praticamente lançado por Leone, Clint Eastwood prestou uma homenagem ao gênero que o consagrou, em Os Imperdoáveis/The Unforgiven (1992), com Gene Hackman, Morgan Freeman e Richard Harris no elenco, rendendo-lhe o Oscar de Melhor Filme e DireçãoClint voltou ao bang-bang com novos olhos, não há mais glamour em matar, o homem da lei se comporta tão mal quanto o renegado que tenta se regenerar. Ele dedicou essa reflexão notável aos seus mentores Don Siegel e Sergio Leone. Uma elegia ao fim do velho Oeste nos filmes por eles retratado. Abaixo, cena de Os Imperdoáveis (1992):



Fonte: 

http://ofalcaomaltes.blogspot.com/2011/03/era-uma-vez-no-western.html (do Blog do Antonio Nahud Júnior, em 17 de março de 2011)

domingo, 27 de novembro de 2011

Warner Brothers

Benjamin Wonsal (1857/1935) viveu grande parte de sua vida em Krasnosielc, um vilarejo perto de Varsóvia, na Polônia. Se casou com Pearl Leah Eichelbaum (1858/1934), em 1876 (ambos tinham 18 anos). Com ela teve nove filhos: Cecilia (morta na infância), Anna Hirsch (1879/, nascida na Europa), Hirsch Moses Wonsal (1881/1958, nascido na Europa), Aaron Wonsal (1884/1967, nascido na Europa), Schmuel Wonsal (1887/1927, nascido na Europa), Reisel Wonsal (1890/, nascida na Europa), Jacob Wonsal (1892/1978, nascido no Canadá), David Wonsal (1893/, nascido no Canadá) e Milton Wonsal (1896/, nascido no Canadá). Abaixo, Varsóvia em 1900:



Em 1888, Benjamin migrou para os EUA (estava com 30 anos), chegando por Baltimore. Pearl e os filhos vieram em 1889. Nos EUA, os Wonsal mudaram os nomes dos filhos, e o sobrenome da família. Assim, temos: Benjamin Warner (pai, 32 anos em 1900), Pearl Warner (mãe, 32 anos em 1900), Anna (21 anos em 1900), Harry Warner (19 anos em 1900), Albert Warner (16 anos em 1900), Sam Warner (13 anos em 1900), Rose (10 anos em 1900), Jack Warner (8 anos em 1900), David (7 anos em 1900) e Milton (4 anos em 1900).


Em 1903, quatro dos irmãos Warner (Harry, Albert, Sam e Jack), abrem o Teatro Cascade em New Castle, Pensilvânia. Abaixo, foto do Cascade Theater em 1969, com Jack Warner ao centro:




Em 1904, eles criam a Duquesne Amusement & Supply Company, distribuidora de filmes. 

domingo, 20 de novembro de 2011

História do Cinema - Parte 13 (1903)

Em 1903...



* Morris Mitchom e sua esposa Rose criam o Teddy Bear (ursinho de pelúcia), baseando-se em cartoon que mostra o Presidente Roosevelt caçando um urso:

 



* Cuba arrenda Guantánamo para os EUA de maneira perpétua:





* Orville Wright pilota um avião com motor a gasolina, na Carolina do Norte:




E no Mundo do Cinema...

Em 1903, Thomas Edison tem 56 anos, Georges Méliès tem 42 anos e filma Illusions FantasmagoriquesChaudron Infernal (abaixo), Le Royaume des FéesLe MonstreL'Auberge du Bon ReposFantaisie Égyptienne e muitos outros



Auguste Lumière tem 41 anos e Louis Lumière tem 39 anos. Flo Ziegfeld tem 36 anos, Marie Dressler tem 35 anosAnna Held tem 31 anos. Louis Feuillade tem 30 anos, D. W. Griffith tem 28 anos e Lionel Barrymore tem 25 anos. Alla Nazimova e Ethel Barrymore têm 24 anos. Alla Nazimova é atriz conhecida em Moscou e São Petersburgo. Abaixo, foto da Rússia, em 1903:


Tom Mix, Mack Sennett e W.C. Fields têm 23 anosCecil B. DeMille tem 22 anos. John Barrymore (abaixo, em 1903) Bela Lugosi têm 21 anos. Após um ano, o casamento de Tom Mix com Grace I. Allin é anulado.


Lon Chaney, Douglas Fairbanks e Walter Huston têm 20 anos. Emil Jannings e Louis B. Mayer têm 19 anos. Wallace Beery e Theda Bara têm 18 anos. Al Jolson tem 17 anos e faz sucesso cantando Be My Baby Bumble Bee, no Dainty Duchess Burlesquers. Abaixo, a música Be My Baby Bumble Bee, interpretada por Doris Day:


"Chico" Marx e Boris Karloff têm 16 anos, Maurice Chevalier"Harpo" Marx e F. W. Murnau têm 15 anos, Victor FlemingPearl WhiteWarner Baxter e "Charlie" Chaplin têm 14 anos. Chaplin tem um papel na peça Sherlock Holmes, escrita por William Gillette (1853/1937, abaixo):


Stan Laurel e "Groucho" Marx têm 13 anos, Oliver HardyErnst LubitschMary PickfordJack Warner e "Gummo" Marx têm 11 anos, Leslie HowardHarold LloydMae West e Lilian Gish têm 10 anos. Mae West já aparece em shows de teatro amador desde os sete anos. Abaixo, New York (terra de Mae West) em 1903, com o Flatiron Building (inaugurado em 1902) ao fundo:


Norma Talmadge, John Ford Jean Renoir têm 9 anos, Rodolfo Valentino e Buster Keaton têm 8 anos, Howard Hawks tem 7 anos. Marion Davies, Pola Negri, Nita NaldiFrank Capra Edith Head têm 6 anos. Sergei Eisenstein e Dorothy Gish têm 5 anos, Ramon Novarro, Gloria Swanson, Fred Astaire, Irving Thalberg Humphrey Bogart, têm 4 anos. Luis BuñuelSpencer Tracy, Jean Arthur Richard Hollingshead têm 3 anos. Clark Gable"Zeppo" Marx,Gary Cooper, Walt Disney e Marlene Dietrich têm 2 anos. Tallulah Bankhead, David O. Selznick, William Wyler, Norma Shearer, Leni Riefenstahl, Larry Fine Margaret Hamilton têm 1 ano. Neste ano nascem Lester Anthony Minelli (Vincente Minelli, Chicago, EUA), Harry Lillis Crosby (Bing Crosby, Washington, EUA), Leslie Towne Hope (Bob Hope, Londres, Inglaterra), Jeanette Anna MacDonald (Jeanette MacDonald, Filadélfia, EUA), Émilie Claudette Chauchoin (Claudette Colbert, Saint-Mandé, França) e Jerome Lester "Jerry" Horwitz (Jerome "Curly" Howard, New York, EUA, na foto abaixo).


Filmes do Ano: The Great Train Robbery, by Edwin S. Porter




Edwin Stanton Porter nasceu em Connellsville, na Pensilvânia, em 1870. Antes de se envolver com cinema, teve várias profissões, como pintor e operador de telégrafo, além de trabalhar como eletricista na Marinha dos Estados Unidos
Seu trabalho com cinema teve início em 1896, aos 26 anos. Trabalhava com equipamentos criados por Thomas Edison. Em 1899, juntou-se à  Porter Manufacturing Company Edison. Ali, realizou um filme sobre o então Presidente Theodore Roosevelt (Terrible Teddy, the Grizzly King, 1901). Em 1902, produziu Jack and the Beanstalk (João e o Pé de Feijão).
Em 1903, Porter realizou Life of an American FiremanThe Great Train Robbery. Neles, já utilizava o efeito de "desaparecer" uma cena aos poucos, antes de iniciar outra (os filmes de então tinham cortes abruptos, entre uma cena e outra).
No filme The Great Train Robbery, Porter mostra, em 12 minutos, uma "história", com personagens, enredo, começo, meio e fim, ou seja, praticamente um filme. Nele, bandidos assaltam um trem, matando um homem e tentando abrir o cofre com dinamite. A cena final, do bandido apontando para a platéia, entra para a História, sendo copiada em outros filmes...
Edwin S. Porter ainda fez mais filmes, e morreu em 1941, aos 71 anos de idade.